Edge Computing
'Edge Computing': dispositivos mais rápidos, inteligentes e sustentáveis
Os veículos autônomos, a realidade aumentada ou as aplicações próprias do eHealth são somente algumas das inovações que poderemos implementar e otimizar graças à Edge Computing, um novo paradigma que desloca o processamento de dados da nuvem ao seu lugar de origem, reduzindo a latência e o consumo energético. Explicamos de forma simples os bastidores dessa tecnologia ligada à IoT (Internet of Things) e à rede 5G.
A 'Edge Computing' reduz o consumo de energia, a largura de banda e a latência.
Pulseiras que monitoram nossa saúde, robôs de limpeza autônomos, semáforos inteligentes para controlar a mobilidade, drones para controlar as colheitas... Cada vez estamos rodeados de mais aparelhos conectados à Internet através de uma pista de dados. Isso é o que conhecemos como Internet das coisas (IoT), uma das tecnologias essenciais na Quarta Revolução Industrial e que deverá moldar o futuro.
Em 2021, segundo o prognóstico de especialistas, existirá no mundo 30 bilhões de dispositivos conectados transmitindo dados à nuvem. Essa enorme quantidade de informações é armazenada e processada em Data Centers para implementar melhorias, sendo uma parte fundamental da Cloud Computing ou computação na nuvem. No entanto, devido ao alto volume de dados que são gerados, trata-se de um processo dispendioso, lento e que consome muita energia. É aqui onde entram em jogo novas soluções como a Edge Computing.
O que é a 'Edge Computing' e sua relação com a IoT
A Edge Computing, ou computação de borda, é um novo paradigma de computação onde os dados da IoT são processados na periferia da rede (cloud edge), ou seja, na própria fonte onde são gerados ou o mais próximo possível da mesma. Podemos comparar a Edge Computing com os governos regionais estabelecidos em um país para evitar que toda a gestão passe pelo governo central, ou seja, pela Cloud Computing.
O ecossistema da 'Edge Computing'
A Edge Computing desloca o processamento de dados da nuvem para os próprios dispositivos que se encarregam de gerá-los, reduzindo a latência e permitindo a reação em tempo real de elementos como os veículos autônomos.
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'Edge Computing' Vs 'Cloud Computing'. Vantagens e diferenças
A Edge Computing reduz o consumo de energia, a largura de banda e a latência, ou seja, o tempo de resposta, que é gerado ao enviar tantas informações para serem processadas em um Data Center remoto. Além disso, essa tecnologia tem outras vantagens em relação à Cloud Computing:
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Diversificação: nos próximos anos, conforme o número de dispositivos IoT cresça exponencialmente, a Edge Computing será cada vez mais relevante como estratégia para evitar a saturação do sistema.
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Cibersegurança: como as informações estão diversificadas em múltiplos dispositivos, haverá menos dados nos ambientes cloud, portanto, se algum ambiente for atacado, o dano será mínimo.
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Velocidade: como os dados são processados em seu lugar de origem, a instantaneidade da resposta possibilita a existência de ferramentas como veículos autônomos ou dispositivos de saúde para emergências.
Dessa forma, a Edge Computing completa a Cloud Computing, melhorando a utilidade dos dispositivos e enviando também dados à nuvem para realizar análises profundas e implementar avanços. Além disso, entre ambas situa-se a Fog Computing ou computação em névoa, que desagrega a nuvem em uma névoa que se espalha pelo mundo para estar mais perto dos dispositivos conectados, processando os dados não na mesma fonte, mas em nodos de rede próximos.
Applicações e exemplos da 'Edge Computing'
As virtudes da Edge Computing permitirão implementar inúmeras tecnologias em nossos ambientes — casa, veículo, cidade, etc. — e otimizar muitas outras. A seguir, elencamos algumas delas:
Veículos autônomos
Os carros inteligentes coletam informações sobre seu ambiente enquanto circulam: sinais de trânsito, outros veículos, pedestres, etc. A velocidade de processamento proporcionada pela computação de borda é fundamental para que os veículos sem motorista possam responder em tempo real às necessidades de tráfego tornando viável este inovador sistema de mobilidade.
Smart cities
As cidades inteligentes dependem de um fluxo maciço de dados, por isso a descentralização inerente à Edge Computing é a solução ideal para evitar colapsos no sistema, ao mesmo tempo que aumenta a eficiência de todos os elementos de uma smart city: redes inteligentes, veículos autônomos, iluminação pública, transporte público, etc.
Videogames
Quanto menos latência tiverem os videogames online, mais rápidas serão as respostas dos jogadores. A realidade virtual e a realidade aumentada também crescerão com esse avanço, favorecendo a prestação de serviços à distância como a assistência médico-sanitária ou a capacitação profissional.
Fábricas inteligentes
Graças à análise de todos os dados gerados pela maquinaria de uma fábrica, a Indústria 4.0 pode se beneficiar de processos de produção mais inteligentes que aumentem a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade, assim como de uma melhor interação entre cobots (robôs colaborativos) e humanos, prevenindo acidentes e minimizando seus danos.
Redes elétricas inteligentes
Impulsionadas pela Edge Computing, as redes inteligentes podem responder à demanda em tempo real, proporcionando um fornecimento elétrico mais eficiente e de maior qualidade, pois, entre outros fatores, melhora a prevenção e a duração de incidentes.
A 'Edge Computing' e sua relação com outras tecnologias
Além da Internet das Coisas, a Edge Computing mantém um vínculo estreito com outras tecnologias essenciais na revolução digital. Dentre elas, vale destacar:
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5G: a Edge Computing e a rede 5G têm uma relação simbiótica. Um exemplo disso é o veículo autônomo, cujas reações em tempo real dependem tanto da velocidade de processamento da computação de borda quanto da baixa latência do 5G. As vantagens que ambas as tecnologias oferecem dependem uma da outra para atingir seu potencial máximo.
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Big Data: nem todas a informações transmitidas pelos dispositivos IoT e que formam o universo Big Data são realmente úteis, o que torna mais lento os trabalhos de análise devido ao excesso de dados. É aqui onde a computação de borda pode fazer um importante trabalho de filtro, enviando para a nuvem apenas as informações relevantes de acordo com os parâmetros predefinidos e reduzindo o consumo energético.
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Machine Learning: os algoritmos do Machine Learning, somados à Edge Computing, permitem que os dispositivos conectados reajam em tempo real e possam ir aprendendo padrões para tomar decisões mais inteligentes no futuro.
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