Eletrificação da economia

A Iberdrola está comprometida com a eletrificação como base para uma economia sustentável

Descarbonização Economia Transição energética Mobilidade sustentável

O setor elétrico produz a fonte de energia que melhor pode incorporar as renováveis e, por isso, a Iberdrola apoia a descarbonização da economia através de uma maior eletrificação, especialmente no setor de transportes (através do veículo elétrico) e da edificação (através da bomba de calor).

Eletrificação da economia.

O que é e qual o significado da eletrificação da economia?

Quando falamos em eletrificar a economia, fazemos referência ao processo de substituir o uso de combustíveis fósseis – como gás, petróleo e carvão – por eletricidade em setores como transporte, edificações e indústria.

Quais benefícios essa mudança pode trazer? A eletrificação da economia pode resultar em: uma redução das emissões de CO₂ – especialmente se essa eletricidade for proveniente de fontes renováveis, como a solar, a eólica ou a hidrelétrica –; uma maior eficiência energética – já que o uso da eletricidade é mais eficiente do que os combustíveis fósseis –; uma menor dependência de petróleo e gás; e uma melhoria da qualidade do ar.

Primeiro passo: as bases da eletrificação da economia

Para que a eletrificação seja possível, devem ser estabelecidas as bases para a criação de um ambiente competitivo equilibrado entre as fontes de energia:

Todas as fontes secundárias de energía (gás, gasolina e electricidade) devem assumir o custo de suas emissões para a atmosfera, internalizando o custo ambiental. Em outras palavras, deve se estabelecer uma tributação ambiental homogénea baseada no principio de "quem contamina paga".

Devem ser eliminadas as barreiras à eletrificação, retirando das tarifas elétricas os custos alheios ao fornecimento (políticas sociais, industriais, ambientais etc.).

A importância de informar sobre a pegada de carbono dos produtos energéticos

As mudanças climáticas são um fato incontestável e a descarbonização da economia é o caminho obrigatório. A eletrificação com energia de origem renovável é a solução mais eficiente e competitiva para reduzir emissões de forma maciça, por isso é necessário garantir um jogo equilibrado para que essa alternativa seja implantada quanto antes... e isso só se consegue se cada produto refletir corretamente sua pegada de carbono. Ou seja, é necessário que o consumidor perceba o custo real das diferentes alternativas para poder escolher a mais eficiente e econômica.

Esforço compartilhado pela ação climática.

Esforço compartilhado pela ação climática. Transcrição do vídeo [PDF] Link externo, abra em uma nova aba.

 

O que acontece atualmente? Como o desenvolvimento das energias renováveis ocorreu fundamentalmente no setor elétrico, o custo dos apoios adicionais a estas tecnologias foi incluído exclusivamente na fatura de energia elétrica, embora o objetivo da energia renovável seja determinado em função do consumo não só de eletricidade, como também de gasolina e gás.

O resultado é que as tarifas de energia elétrica, que incluem a maior cota de energia mais limpa, ficam mais caras se comparadas com as das energias mais emissoras, ficando, assim, em desvantagem competitiva. Dessa forma, o consumo elétrico é mais caro do que outras alternativas, pois o cliente de eletricidade suporta o custo ambiental da descarbonização necessária pelo consumo de combustíveis fósseis.

Para corrigir esta distorção, todos os produtos referentes à energia deveriam incluir em seu preço final o custo de suas emissões e sua parcela proporcional de energias renováveis, seguindo o princípio de "quem contamina, paga", para permitir que os clientes saibam o custo ambiental real das energias que utilizam.

Além do apoio às energias renováveis, a fatura de energia elétrica suporta historicamente outro tipo de custo que é alheio ao fornecimento elétrico. A Comissão Europeia calculou que, em média, 40 % das faturas de energia elétrica europeia correspondem a impostos e custos alheios ao do fornecimento elétrico.

Novamente, o resultado é que o preço da eletricidade acaba sendo mais alto em comparação com outras energias, dificultando a eletrificação da economia e a descarbonização.

Para que o consumidor possa escolher corretamente entre as diferentes alternativas energéticas, devem ser eliminadas das tarifas elétricas todos os custos alheios ao fornecimento, permitindo que a eletricidade e suas aplicações nos usos finais, tais como o carro elétrico ou a bomba de calor elétrica, estejam competindo em condições de igualdade com as opções emissoras existentes.

Segundo passo: a descarbonização

Além disso, para descarbonizar outros setores é preciso incentivar os usos finais elétricos:

No caso do transporte, estabelecendo objetivos ambiciosos para veículos elétricos em relação aos veículos novos e assegurando a implantação de uma rede de recarga básica nas vias públicas. O Grupo Iberdrola, por meio de seu Plano Smart Mobility, prevê a implantação de cerca de 60.000 pontos de recarga públicos até 2030 e um investimento de um bilhão de euros na Península Ibérica.

No caso da edificação, estabelecendo incentivos para promover uma mudança de tecnologia e padrões de emissões nos sistemas de aquecimento e refrigeração para que funcionem livres de CO2 e outros poluentes. Em termos de eletrificação de edificações e da indústria, o Grupo Iberdrola tem como meta reduzir os custos a curto prazo, tanto nas bombas de calor como no armazenamento térmico. Além de aumentar sua eficiência, alcançando temperaturas superiores a 150º nas bombas de calor e 500º nas tecnologias de calor industrial.

A importância da implantação de veículos elétricos

 

O setor do transporte representa, aproximadamente, um terço do consumo total de energia e um quarto das emissões na Europa. Porém, é o único setor que aumentou suas emissões, aproximadamente 50 % desde 1990, se comparado com reduções de mais de 30 % tanto no setor elétrico quanto na indústria. Segue estando baseado majoritariamente em combustíveis fósseis, sendo as alternativas renováveis menos de 10 % da energia consumida.

Além disso, é uma das principais causas da poluição do ar, que é responsável por 250.000 óbitos prematuros na Europa anualmente.

Dada a maior dificuldade de reduzir emissões em setores como a aviação, o transporte marítimo ou o transporte pesado de longa distância, agora é necessário concentrar os esforços no transporte leve de estrada, descarbonizando-o completamente até 2050. O último veículo de combustão interna deverá ser vendido, mais tardar em 2030-2035, cedendo lugar ao veículo elétrico, que é a solução madura mais eficiente e sustentável para o transporte leve:

1. Carregado com uma eletricidade renovável, o veículo elétrico é uma alternativa renovável.

2. Sua eficiência é entre duas e três vezes maior do que a de um veículo convencional.

3. Não emite CO2 nem outros elementos contaminantes.

Apesar de seus vários benefícios, a penetração do veículo elétrico na Europa é ainda muito baixa, principalmente pelo custo do veículo e pela falta de infraestrutura de recarga pública.

Eletrificação de edificações residenciais: a importância da bomba de calor

A bomba de calor elétrica é uma alternativa real, madura e competitiva.

A bomba de calor elétrica é uma alternativa real, madura e competitiva. Transcrição do vídeo [PDF] Link externo, abra em uma nova aba.

 

Na Europa, as edificações representam uma quarta parte do consumo total de energia e quase 38 % das emissões. O setor do calor e do frio das edificações é fundamental para alcançar a neutralidade em carbono até 2050, pois é responsável por aproximadamente 31% do uso total de energia.

Além disso, o consumo de aquecimento nas residências é uma das principais causas de poluição do ar, já que depende em mais de 60 % de combustíveis fósseis.

Diante desta situação, a bomba de calor elétrica se apresenta como uma alternativa real, madura e competitiva para descarbonizar o consumo de aquecimento, água quente sanitária e refrigeração das edificações. Porém, o que é e quais são seus benefícios?

  • É uma máquina térmica que transfere de maneira muito eficiente o calor ou o frio do ar ou da terra ao espaço desejado. É três vezes mais eficiente do que a caldeira de gás convencional.
  • É capaz de gerar até 4 kW térmicos por cada 1 kW elétrico, razão pela qual seu rendimento pode chegar até 400 %. Três quartos da energia gerada é conseguida de recursos naturais renováveis e de forma gratuita.
  • Não emite CO2 nem outros elementos contaminantes.

Apesar de seus benefícios, a adoção da bomba de calor na Europa varia de país para país, sendo que, nos últimos anos, suas vendas caíram 6% em 21 países, algo que se deve principalmente pelo custo elevado das máquinas, pela instalação e pelas reformas necessárias, em comparação com os de uma caldeira de gás.

Eletrificação da indústria e setores difíceis de descarbonizar 

O setor industrial consome aproximadamente 37% da energia global, e suas emissões aumentaram cerca de 70% nos últimos anos, já que é um setor que ainda depende fortemente dos combustíveis fósseis. 

Por sua complexidade, a indústria é classificada como um setor difícil de descarbonizar (hard to abate sector, no termo em inglês), um desafio que surge devido à sua grande dependência dos combustíveis fósseis

A eletrificação desse setor, conforme mencionado anteriormente, é complicada principalmente pelo alto custo inicial de implementação. No entanto, a longo prazo, além de reduzir as emissões, esse processo gera uma economia para as empresas.

Outro benefício importante é a melhoria da saúde dos trabalhadores, que deixariam de estar expostos a combustíveis fósseis e seus poluentes.

Eletrificação da economia e o Pacto Verde Europeu

O Pacto Verde Europeu é uma iniciativa da União Europeia (UE) apresentada em 2019 que consiste em uma série de medidas políticas para alcançar a neutralidade climática até 2050

Essa estratégia faz parte do compromisso da UE com o Acordo de Paris, cujo objetivo é limitar o aumento do aquecimento global a um máximo de +1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. 

As principais metas estabelecidas para 2050 no Pacto Verde Europeu são: 

  • Neutralidade climática: uma redução drástica de gases de efeito estufa. 
  • Economia circular: um espaço onde os produtos são reciclados, recuperados e reutilizados.
  • Indústria limpa, sustentável e saudável.
  • Meio ambiente mais saudável: recuperação da natureza e combate à poluição. 
  • Práticas agrícolas mais sustentáveis: com o objetivo de produzir alimentos sustentáveis, acessíveis e ecologicamente responsáveis. 
  • Justiça e equidade climática: uma transição justa e equitativa.

Por outro lado, essa oportunidade deve ser aproveitada para: 

  1. Garantir que, a partir de 2030-2035, todos os veículos novos sejam de emissão zero.
  2. Incentivar as administrações públicas a serem pioneiras na implementação de veículos elétricos em frotas oficiais e no transporte público. 
  3. Expandir a infraestrutura de recarga elétrica, com metas obrigatórias para 2025 e 2030 que fomentem o crescimento do mercado.
  4. Reduzir as barreiras econômicas que dificultam seu desenvolvimento, estabelecendo incentivos.
  5. Estabelecer padrões de emissão de CO₂ e outros poluentes. A partir de 2025, todos os novos sistemas deverão operar sem essas emissões.
  6. Criar um sistema uniforme de certificação energética para edifícios na Europa e definir um caminho obrigatório a seguir para a melhoria progressiva de sua eficiência. 

Na Iberdrola, contribuímos para a expansão de veículos elétricos por meio do desenvolvimento e comercialização de serviços de recarga privados e públicos. As soluções da Iberdrola se adaptam às necessidades de clientes particulares, empresas e frotas para uma mobilidade com emissão zero, sempre integrando energia de fontes renováveis, serviços de valor agregado e as tecnologias de recarga mais avançadas. Além disso, estamos comprometidos com a bomba de calor elétrica, oferecendo alternativas adaptadas às necessidades de nossos clientes por meio de nossas soluções inovadoras.