Uhe Baixo Iguaçu em detalhes
UHE Baixo Iguaçu, nossa contribuição a uma das sete maravilhas naturais do mundo
Instalações operacionais Natureza Brasil ODS
Inauguramos a central hidreelétrica de Baixo Iguaçu — Paraná, Brasil — que fornece energia renovável a um milhão de pessoas, graças a uma capacidade total instalada de 350 MW. Essas instalações colaboram ativamente na manutenção do equilíbrio das águas e garante a força das famosas Cataratas do Iguaçu.
Inauguração da UHE Baixo Iguaçu.
A central hidreeléctrica da UHE Baixo Iguaçu regula o volume que alimenta as quedas d'água, garantindo um espetáculo permanente a todos os visitantes que visitam o Parque Nacional do Iguaçu, cerca de 1,8 milhões de pessoas em 2018. As Cataratas do Iguaçu reúnem um conjunto de 275 quedas d'água radicais e desde 2011 são consideradas uma das sete maravilhas naturais do mundo. Alguns anos antes, no final de julho de 2006, o volume do rio homônimo se reduziu de forma drástica e radical, transformando suas caudalosas quedas em pequenos jorros de água.
A construção da central da UHE Baixo Iguaçu surgiu da preocupação e da necessidade de regular o fluxo das águas. Tal como o reconhece Fortes, um dos engenheiros da Baixo Iguaçu, "dos 31 km2 do depósito, cerca de 20 são do próprio rio e tratamos de garantir um volume mínimo de 350 m3/s, um aumento de 150 m3/s para garantir as condições vigentes". O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) reconheceram a contribuição da central hidreelétrica para a estabilidade das cataratas mais famosas do mundo.
#muitomaisqueenergia para os brasileiros
Essas novas instalações, que entraram em operação em dezembro de 2018, começaram a contribuir com uma fonte limpa e renovável para a matriz energética brasileira, já baseada, principalmente, no setor hidreelétrico. Em 2018, esse modelo representou 67,5%* da capacidade instalada no Brasil, oito vezes maior do que a do gás natural, que se destaca como a segunda fonte de energia do país.
A central hidreelétrica da UHE Baixo Iguaçu representa, sem dúvida, um reforço importante para a segurança do setor energético, que se encontra em constante crescimento no Brasil. Em 2018, a capacidade instalada do país alcançou 161,5 gigawatts (GW), somando todas as fontes de energia. Para atender às metas do crescimento econômico, estima-se um aumento dessa capacidade em cerca de 10% e chegar aos 177 GW em 2023.
Tecnologia de ponta para a gestão hidreelétrica
A UHE Baixo Iguaçu conta com um moderno sistema de controle já inteiramente operacional. Segundo o diretor técnico Luiz Claudio Ramirez, o centro de operações de Neoenergia1, com sede no Rio de Janeiro, pode administrar o funcionamento da central hidreelétrica de maneira remota, graças ao auxílio dos técnicos presentes no Paraná.
Fabiano Dalberto, técnico de Capanema que trabalhou em centrais mais antigas, afirma que a tecnologia avançou muito: "As salas de controle das usinas hidreelétrica mais antigas eram três vezes maiores, porque precisavam sustentar uns painéis gigantes. Hoje, entretanto, temos duas estações de trabalho, porque é essa a norma para o setor elétrico. Mas, na realidade, com um único computador poderíamos controlar toda a usina."
* Dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que controla a quantidade de geração e transmissão de energia elétrica conforme a demanda.
Uhe Baixo Iguaçu e os objetivos de desenvolvimento sustantável (ODS)
Riquezas arqueológicas protegidas pela floresta
Cidades e comunidades sustentáveis
O Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico da UHE Baixo Iguaçu. iniciado em 2008, supôs um minucioso trabalho de pesquisa e revelou milhares de relíquias e mais de 50 sítios arqueológicos na área da central hidreelétrica de Baixo Iguaçu. As descobertas fazem parte agora do Registro Nacional de SÃtios Arqueológicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A exploração, o resgate e a pesquisa de artefatos e sítios arqueológicos são realizados por especialistas contratados pelo Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI). O Programa de Prospecção e Resgate Arqueológico, que já recebeu investimentos de mais de R& 2 milhões do consórcio acompanhou todas as etapas da concessvão ambiental da central.
As riquezas anteriormente protegidas pela floresta e pelos escassos habitantes do Paraná começam a escrever uma história até então desconhecida do Brasil, anterior à colonização europeia.
Um novo capítulo na vida dos moradores
Cidades e comunidades sustentáveis
A construção da UHE Baixo Iguaçu abrangeu 128 famílias que entraram para o Programa de Realocação e Monitoramento do Consórcio. O processo foi realizado com extremo cuidado e baseado em negociações individuais. "Buscamos considerar as questões familiares, a conexão com a terra e todas as implicações de uma mudança", afirma Amauri Daros Carvalho, gerente de assuntos fundiários, que trata das negociações da terra.
Os critérios adotados foram os seguintes:
- Reassentamento rural coletivo: o Consórcio escolhe a área e fornece a infraestrutura (casas, barracões, galpões, acesso à água e energia). 20 famílias optaram por esse formato.
- Reassentamiento em áreas remanescentes, ou seja, em propriedades viabilizadas na reorganizaçón agrária resultante da obra. No total, 21 familías permaneceram nessas áreas.
- Ressarcimento: emissão de uma carta de crédito que permite ao beneficiado comprar uma nova área e construir seu imóvel. Foi a opção preferida e a ela aderiram 94 famílias.
Impulso para o desenvolvimento
Cidades e comunidades sustentáveis
Além dos benefícios originados através das obras de infraestrutura, compras de equipamentos e capacitação profissional, a Usina hidreelétrica Baixo Iguaçu promoveu a geração de empregos e aumentou a arrecadação de impostos nos cinco municípios de sua área de cobertura.
Entre 2013 y 2017, o Consórcio contratou 6.908 trabalhadores de diversos níveis, dos quais 60% foram profissionais locais, da própria região. Esse é o caso de Nelson José Overback, um mecânico de Capanema que não tem dúvidas em reconhecer que "nunca havia trabalhado em uma obra com tantas pessoas".
O Consórcio Empreendedor do Baixo Iguaçu (CEBI) realizou também um acordo com diversos municípios para implementar ações locais em áreas importantes com a da saúde, educação, infraestruturas, segurança pública e lazer.
Hidreeléctrica, substantivo femenino
Trabalho decente e crescimento econômico
As mulheres quebram a tradição masculina nas obras de grande porte, ocupando importantes funções em Baixo Iguaçu. Na mitigação dos eventuais impactos causados pela obra, tudo relacionado à população local passou pelas mãos da paulistana Wanda Melo, coordenadora de Comunicação Social. No caso de Angola, com o petróleo e o gás no Rio de Janeiro, encarregou-se de divulgar as informações do Plano Básico Ambiental, um conjunto de 33 programas socioambientais vinculados às mudanças impostas pela obra.
Em outra área delicada, a do reassentamento das famílias impactadas pela formação do depósito da hidreelétrica, Patrícia Costa é uma das encarregadas pela gestão da transferência das famílias. Ela percorre toda a região, tratando da parte mais burocrática de formalização das propriedades e verificando as necessidades dos novos moradores.
A biodiversidade, uma prioridade
Vida de ecosistemas terrestres
Nas ações de campo, as equipes registraram mais de 300 vertebrados, entre eles espécies ameaçadas de extinção, como o gato-do-mato (Leopardus tigrinus) e a onça pintada, além das chamadas bioindicadoras, espécies sensíveis à ação humana, como o gavião-pato e o macuru. Depois do inventário das espécies, as equipes tomaram medidas preventivas para preservar os animais durantes as obras. "Como forma de reduzir o risco de prejudicar essa fauna contratamos equipes de biólogos e veterinários para o acompanhamento durante a limpeza da área do empreendimento, tanto dentro da érea de preservaçõo permanente - APP, como no entorno da área da barragem", acrescentou o biólogo Juliano Tupan.
Um dos programas ambientais do CEBI deu uma atençõo especial à espécie de Surubim do Iguaçu, o maior peixe de rio, endêmico e que chegou a ser considerado extinto há algumas décadas. O medo de que a Usina Baixo Iguaçu impedisse o fluxo migratério dos peixes levou os especialistas a utilizar a tecnologia de ponta para entender o comportamento dessa espécie.
'Barrageiros', e com muito orgulho
Cidades e comunidades sustentáveis
Profissionais de diversas idades e especializações abrem caminhos em territórios pouco explorados para construir as centrais hidreelétricas que contribuem com mais de 60% para a matriz energética brasileira.
Lucas Zanatta é um dos muitos desbravadores que se deslocam por todo o Brasil para erguer as centrais hidreelétricas. Conhecidos como barrageiros, sõo unidos pela vontade de ver um projeto tomar vida e acumular uma aprendizagem pessoal e profissional que se reforça a cada novo empreendimento. Ele chegou a trabalhar a 3.100 quilômetros de distância de sua família, mas em 2017, quando chegou o projeto Baixo Iguaçu, todo mudou. "Trouxe a minha família para cá e, agora, posso ver o jogo de futebol de meu filho, acompanhá-lo até a escola."
Antony Diniz tem uma experiência semelhante: ele é engenheiro agrônomo, responsável pela avaliação das propriedades das famílias e por buscar um bom lugar para os reassentados. Com a conclusão da central hidreelétrica de Baixo Iguaçu, já tem quatro projetos na bagagem. "Antes de começar no ramo, nem passava pela minha cabeça viver assim, viajando pelo Brasil. Mas, depois do primeiro, vem um depois do outro", comenta.
O turismo, uma nova forma de atividade econômica
Trabalho decente e crescimento econômico
Cidades e comunidades sustentáveis
O Programa de Desenvolvimento Turístico, implantado pelo Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI), reuniu os líderes do setor público para o reconhecimento do potencial turístico da região.
As atrações são muitas e diversas nos cinco municípios ao redor da hidreelétrica: desde o Recanto das Águas (em Realeza) à praia artificial Nova Prata do Iguaçu, passando pelo Balneário Araucária (Capanema), a Feira do Produtor (Planalto), a Casa de Cultura Vitor Valendoff (Capitão Leônidas Marques) e a Pedra do Biguá (também em Capanema). Só no Guia Turístico da região foram registrados 36 pontos de interesse artístico.
Neoenergia, prêmio ODS Pacto Global 2019
Neoenergia venceu o Prêmio ODS Pacto Global 2019 na categoria Parcerias/Grandes Empresas Link externo, abra em uma nova aba..Enlace externo, se abre en ventana nueva. A empresa participou com o case Ações Educativas de Eficiência Energética, através do projeto Festival Tô Ligado na Energia e da parceria com Carlinhos Brown na utilização dos personagens infantis Paxuá e Paramim, criados pelo músico.
O objetivo do prêmio é valorizar o que já vem sendo desenvolvido e sensibilizar mais empresas para atuarem de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e às ações alinhadas à agenda global de sustentabilidade. A realização é da Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa da ONU.
Você sabe como funcionam as usinas hidreelétricas?
Compromisso da Iberdrola com os ODS(2) Nota
1 A Iberdrola, S.A. tem uma participação indireta de 50% + 1 ação na Neoenergia, S.A.
2 Versão espanhola.