Brecha de gênero no mercado de trabalho

A UE e seus Estados-membros devem intensificar seus esforços para conseguir a igualdade entre mulheres e homens

Emprego Mulheres Igualdade de gênero

As mulheres representam mais da metade dos graduados na União Europeia. No entanto, muitas ainda enfrentam barreiras significativas para entrar no mercado de trabalho, o que provoca uma brecha de gênero importante nos dados de emprego em todo o continente.

Brecha laboral de género

A brecha de gênero no mercado de trabalho se manifesta em toda a Europa: no final de 2023, a taxa média de emprego das mulheres de 20 a 64 anos era de 70,2%, contra 80,4% dos homens, o que significa uma diferença de 10,2% entre gêneros, de acordo com dados publicados pelo Eurostat.

O mesmo estudo também revela que a desigualdade de gênero no mercado de trabalho varia de forma significativa entre os Estados-membros da UE. No período analisado, a menor diferença foi registrada na Finlândia (0,2%), seguida pela Lituânia (1,5%), Estônia (2,4%) e Letônia (3,1%). No outro extremo da escala, os países com as maiores diferenças são Romênia (19,1%), Itália (19,5%) e Grécia (19,8%). 

Apesar de que a disparidade média profissional entre homens e mulheres na Europa diminui a cada ano − era de 10,9% em 2021 e 10,7% em 2022 −, as mulheres europeias ainda enfrentam vários obstáculos quando se trata de entrar no mercado de trabalho. Diante desse problema, a Comissão Europeia, no contexto do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, estabeleceu diferentes objetivos para 2030, sendo um deles o de reduzir a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho pelo menos pela metade em comparação com o valor de 2019 (11,7%).

A mulher: à conquista da igualdade

Participação das mulheres na força de trabalho no mundo (2023)

0,0% da mão de obra mundial está representada por mulheres

0% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres

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Fonte: Linkedin Economic Graph

Participação das mulheres em diferentes setores de trabalho no mundo

Saúde e serviços de cuidados
  • Saúde e serviços de cuidados
  • Educação
  • Serviços ao consumidor
  • Administração e setor público
  • Cadeia de fornecimento e transporte
  • Empresas de serviços públicos
  • Petróleo, gás e mineração
  • Infraestruturas
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Fonte: Global Gender Gap Index 2024

 VER INFOGRÁFICO: A mulher, à conquista da igualdade [PDF] Link externo, abra em uma nova aba.

Essa tendência também pode ser vista em outros elementos do mundo do trabalho, como os salários. Em 2021, a diferença entre os rendimentos brutos de homens e mulheres na UE foi de 12,7%, o que significa que as mulheres ganharam, em média, 13% menos por hora do que os homens naquele ano. Esse número é ainda maior em países como Estônia (20,5%), Áustria (18,8%) ou Alemanha (17,6%), indicando que as desigualdades salariais persistem de forma significativa em vários Estados-membros.

De acordo com a Comissão Europeia, a diferença salarial entre homens e mulheres mede hoje em dia um conceito mais amplo do que a discriminação salarial e engloba um grande número de desigualdades que as mulheres enfrentam no acesso ao trabalho. São elas:

  • Segregação setorial: cerca de 24% da disparidade salarial entre homens e mulheres está relacionada a uma maior representação das mulheres em setores com salários mais baixos, como os de assistência, saúde e educação.
  • Divisão desigual do trabalho remunerado e não remunerado: as mulheres trabalham mais horas por semana do que os homens, mas gastam mais horas em trabalhos não remunerados, o que também pode afetar suas escolhas de carreira.
  • A posição na hierarquia influencia os níveis de remuneração: menos de um em cada dez CEOs das principais empresas são mulheres.
  • Discriminação salarial: em alguns casos, as mulheres ganham menos do que os homens no mesmo trabalho ou com o mesmo valor, embora o princípio da igualdade salarial esteja previsto no Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia desde 1957.

Nosso compromisso com a igualdade de gênero no trabalho

A Iberdrola conta com diversas iniciativas para promover a igualdade de gênero no local de trabalho nos diferentes países em que opera. Nas últimas décadas, foram implementadas práticas para criar as condições necessárias para que todos os profissionais - homens e mulheres - possam ocupar o cargo que merecem com igualdade de oportunidades, como licenças ou apoio à maternidade/paternidade.

Essas ações resultaram em um aumento significativo tanto na contratação de mulheres quanto em sua promoção a cargos de responsabilidade. De acordo com nosso Relatório de Diversidade e Inclusão 2023, a porcentagem de mulheres em cargos de liderança na empresa é de 28%, em comparação com 26% em 2022. A meta é que esse número chegue a 30% em 2025 e 35% em 2030.

Além disso, em 2007, a Iberdrola se tornou a primeira empresa do Ibex-35 a implementar uma jornada de trabalho contínua durante todo o ano. Essa medida, que teve como base sua Política de Igualdade de Oportunidades e Conciliação, atualmente denominada Política de Diversidade e Inclusão e Prevenção de Assédio, colocou a empresa na vanguarda da adoção de medidas que favorecem o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal de seus colaboradores.