Green Meiga

Metanol verde

O metanol verde é um tipo de metanol não poluente produzido de forma renovável, gerado a partir do hidrogênio verde. Esse composto químico pode ser usado como um combustível líquido de baixo carbono e representa uma alternativa promissora aos combustíveis fósseis em áreas em que a descarbonização é um grande desafio, como o setor químico (como matéria-prima de baixo carbono) e o transporte marítimo. 

O metanol verde utiliza apenas fontes de energia renováveis em seu processo de produção, o que garante que nenhum gás nocivo seja emitido na atmosfera. O "metanol verde" é, portanto, sinônimo de "metanol limpo e renovável". 

A Iberdrola é pioneira no hidrogênio verde, com duas usinas reais já em operação na Espanha: uma de 20 MW para fertilizantes em Puertollano e uma outra de 2,5 MW para transporte pesado em Barcelona. Mas nossa ambição não acaba por aqui, e nosso objetivo é atingir 3 GW de capacidade instalada de eletrolisadores em todo o mundo até 2030. Como uma progressão natural do nosso investimento em hidrogênio verde, a empresa está desenvolvendo projetos de metanol verde para atender aos clientes dos setores químico e marítimo. 

A FORESA é uma indústria química com mais de 50 anos de experiência em processos químicos e usinas de produção na Espanha, Portugal e França. O metanol é uma das principais matérias-primas para a produção de formaldeído e resinas e é usado em vários setores e produtos finais, como a indústria da madeira, embalagens, construção, cortiça, produtos farmacêuticos, compósitos, biocombustíveis, materiais isolantes, etc. E em seu caminho rumo à sustentabilidade, o uso de matérias-primas de baixo carbono faz parte da estratégia de negócios da empresa. Além disso, a Foresa conta com um terminal marítimo nas instalações portuárias, que pode ser usado para operações de abastecimento de navios com combustível, também conhecido como bunkering. 

Sobre o projeto 

O projeto GREEN MEIGA receberá 122,9 milhões de euros em financiamento para produzir 100.000 toneladas/ano de e-metanol. 

A iniciativa foi concebida como uma alavanca no setor, que ajudará a desbloquear futuros investimentos em e-metanol. Esse será o resultado da geração de um know-how enriquecedor e de Resultados Altamente Competitivos inquestionáveis em três áreas tecnológicas que liderarão a implantação em massa da tecnologia do e-metanol nos próximos anos. Esses Resultados Altamente Competitivos compreendem as seguintes áreas: melhora do desempenho da produção (Resultado Altamente Competitivo 1); melhora da flexibilidade operacional (Resultado Altamente Competitivo 2); e custos de produção competitivos (Resultado Altamente Competitivo 3). Para isso, o projeto desenvolverá novos conceitos e tecnologias que estão agrupados em um único sistema integrado em sua totalidade: uma solução de processamento de etanol eletrônico de alta tecnologia, que poderá evitar 2.901.078,24 toneladas (t) de emissões de CO2 (CO2 eq) por meio de sua integração em um único caso de negócios. 
 
O projeto GREEN MEIGA terá acesso a uma importante cota de mercado descoberta, reforçando o posicionamento de mercado da Iberdrola e da Foresa como protagonistas no setor do e-metanol. O forte compromisso de ambas as empresas permite que elas tomem um caminho ambicioso que continuará nos próximos anos com um plano de replicabilidade, alcançando locais mais estratégicos e selecionados de forma cuidadosa. A GREEN MEIGA deu início à sua iniciativa estratégica lançando um plano de ação de industrialização ambicioso e desafiador, projetado como sinônimo de garantia para assegurar uma implantação confiável da solução no mercado até 2027. Com esse objetivo, a empresa formalizou sua candidatura ao programa IF-LS para apoiar os principais investimentos necessários para construir e operar uma solução comercial de alta tecnologia capaz de produzir 100.000 t/ano de e-metanol, gerando 20.000 t/ano de hidrogênio verde e capturando 152.698 t/ano de CO2. Isso se traduz em uma redução de 2.901.078,24 tCO2 eq/ano, o que representa aproximadamente a metade da redução de CO2 do Parque Nacional de Yosemite, nos EUA. 

A produção econômica de e-metanol é essencial para o caminho rumo à descarbonização do setor químico, o que contribui para a meta europeia de alcançar a neutralidade climática até 2050. O projeto também ajudará a cumprir as metas do Plano REPowerEU de reduzir o consumo de combustíveis fósseis na indústria e no transporte. Como o metanol é uma matéria-prima importante no setor químico, a produção local de e-metanol pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), estimular as economias locais e reduzir a atual dependência da UE em relação aos combustíveis fósseis. 
 
O GREEN MEIGA traz estabilidade, confiabilidade e sustentabilidade ao modelo econômico, assim como coesão social e territorial, uma vez que contribuirá para a criação de empregos verdes na Espanha. Espera-se que sejam criados até 426 postos de trabalho durante a fase de operação (permanentes, temporários e induzidos) e cerca de 6.000 empregos durante a fase de construção. 

Funções dos participantes 

A Iberdrola atuará como Coordenadora, liderando e supervisionando todas as atividades realizadas durante as principais fases do projeto. Do ponto de vista operacional, a Iberdrola participará essencialmente das atividades relacionadas ao módulo de produção de hidrogênio, para as quais possui maior histórico e experiência. 

A FORESA realizará todas as atividades relacionadas à recepção e ao refinamento do CO2 de fontes biogênicas e do módulo de captura de CO2, incluindo também a síntese de e-metanol. Além disso, a Foresa apoiará de forma ativa o desenvolvimento e a implementação do Plano de Intercâmbio de Conhecimento. 

Quais são os principais usos do metanol verde? 

O metanol (CH₃OH), também conhecido como "álcool metílico", é um composto químico muito procurado por suas diversas aplicações industriais. É usado como solvente e anticongelante, assim como na produção de plásticos, tábuas de madeira, materiais de construção e combustíveis sintéticos, entre outros. 

O uso do metanol verde como combustível alternativo aos combustíveis fósseis é particularmente atraente para os principais setores químicos e marítimos porque, sendo líquido à temperatura ambiente, é muito mais barato de armazenar e transportar do que os combustíveis gasosos. Além disso, o e-metanol tem a menor pegada de carbono de todos os combustíveis líquidos, o que aumenta ainda mais seu valor. Também pode ser usado em motores de propulsão interna e para alimentar células de combustível, proporcionando flexibilidade, dependendo das necessidades individuais. 

Iberdrola Renovables 

 O Grupo Iberdrola começou a investir em energias renováveis há mais de duas décadas como base para construir seu modelo de negócio limpo, confiável e inteligente. Graças a essa visão, a empresa é hoje líder mundial em energias renováveis, com 41.250 MW renováveis em operação até o final do primeiro semestre de 2023 e 7.100 MW em construção, o que posiciona a companhia na vanguarda da transição energética para uma economia de baixa emissão. 

Esse compromisso está refletido em nosso Plano Estratégico 2025, que destinará cerca de 17 bilhões de euros ao negócio de energias renováveis. Graças a esses investimentos, a Iberdrola aumentará sua capacidade renovável instalada em 12.100 MW, chegando a 52.000 MW em 2025. 

 A descarbonização do planeta está entre as metas que os países de todo o mundo estabeleceram para 2050. O compromisso com uma sociedade descarbonizada é tarefa de todos. Na Iberdrola, estamos comprometidos em liderar a transição energética, um desafio que assumimos há 20 anos e que nos tornou líderes mundiais em energias renováveis. 

 Estamos comprometidos com a eletrificação da economia, a promoção da energia verde e a inovação tecnológica. Nesse sentido, o projeto GREEN MEIGA reúne todos esses compromissos e nos coloca na direção certa para garantir um futuro mais verde para as próximas gerações. 
 

Financiado pela União Europeia. No entanto, os pontos de vista e opiniões expressos são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es) e não refletem necessariamente os da União Europeia ou da Agência de Execução Europeia do Clima, das Infraestruturas e do Ambiente (CINEA). Tanto a União Europeia como a autoridade licenciadora não podem ser responsabilizadas por elas.

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