Fórum Econômico Mundial: Davos 2024

Fórum Davos 2024: Reconstruindo a confiança

Economia Eventos

O Fórum de Davos 2024 voltou aos Alpes Suíços sob o lema “Reconstruindo a confiança” para enfrentar os desafios globais mais urgentes e com a confiança em sua capacidade de impulsionar soluções voltadas para o futuro. 

Davos

De 15 a 19 de janeiro, a cidade suíça de Davos foi novamente sede do encontro anual do Fórum Econômico Mundial, que em 2024 teve como lema "Reconstruindo a confiança". O evento reuniu cerca de 2.500 chefes de estado e de governo, CEOs de empresas, representantes da sociedade civil, meios de comunicação globais e líderes juvenis procedentes da África, Ásia, Europa, Oriente Médio, América Latina e América do Norte com o objetivo de trabalhar juntos para reconstruir a confiança e moldar os princípios, as políticas e as parcerias necessárias para enfrentar os desafios de 2024.

A guerra na Ucrânia e o aumento da inflação e das taxas de juros desencadearam grandes transformações, e esta reunião procurou enfrentar riscos sistêmicos para evitar incertezas e fragilidades. O Fórum de Davos 2024 pretende, assim, impulsionar soluções voltadas para o futuro e enfrentar os desafios globais mais urgentes através da cooperação público-privada.

Como uma empresa internacional que almeja melhorar o futuro e estimular o crescimento econômico através de propostas tecnológicas e empresariais inovadoras, o Grupo Iberdrola é membro do Fórum Econômico Mundial e seu presidente se tornou uma das vozes regulares nos eventos desta instituição. Ignacio Galán foi, portanto, um dos participantes convidados neste ano para dar sua opinião sobre a direção do crescimento econômico global.

Ignacio Sánchez Galán, presidente executivo do grupo Iberdrola

As oportunidades apresentadas pela transição são enormes, mas é fundamental que tanto as empresas quanto os responsáveis pelas políticas se concentrem agora em garantir que as pessoas tenham as habilidades e as formações adequadas. Sem trabalhadores qualificados, a transição não será alcançada e os benefícios não serão conseguidos.

Principais temas de Davos 2024

Como todos os anos, o Fórum de Davos se dedicou a vários temas com o objetivo de fornecer respostas para os problemas atuais. É preciso recuperar a confiança precisa em três níveis fundamentais: em relação ao futuro, dentro das sociedades e entre as nações. O encontro também ocorreu com foco nos princípios básicos de transparência, consistência e responsabilidade.

O fórum se concentrou em responder a perguntas cruciais para promover o futuro por meio de quatro temas principais e interconectados:

  • Segurança e cooperação em um mundo fragmentado. Com problemas como a situação no Oriente Médio, o objetivo em Davos foi identificar áreas em que a cooperação pode ajudar todos os implicados a chegar a um acordo positivo para todas as partes.
  • Criação de empregos e crescimento em uma nova era. O crescimento internacional desacelerou nos últimos anos e é necessário avançar com novas soluções para substituir as medidas do passado, colocando as pessoas no centro da estratégia.
  • A Inteligência Artificial como motor da economia e da sociedade. A IA é atualmente uma das questões mais importantes em relação ao futuro econômico da nossa sociedade, e é preciso avaliar quais usos são benéficos para a sociedade.
  • Estratégia para o clima, a natureza e a energia. O objetivo final de Davos foi o de alcançar um consumo neutro de carbono até 2050 e, ao mesmo tempo, fornecer acesso global à energia, água e alimentos. Para isso, a cúpula quis chegar a um consenso em que todos tivessem voz para discutir como isso será feito.

Iberdrola no Fórum de Davos

O presidente executivo da Iberdrola, Ignacio Galán, defendeu em Davos a importância do armazenamento de energia, seja ele de curta duração (como as baterias) ou de longa duração (como o bombeamento hidrelétrico), para promover as energias renováveis, assim como o investimento em redes de distribuição de eletricidade e interconexões entre países, que desempenham um papel-chave na transição energética.

Além disso, em 2024, a Iberdrola apresentou um estudo, realizado em colaboração com o The Economist Impact, que defende que as habilidades verdes serão o motor mais importante da transição energética.

O relatório, intitulado Green Skills Outlook, explora o impacto da transição verde nos mercados de trabalho globais e tem como base uma pesquisa global com 1.000 líderes empresariais, grupos de trabalho específicos e um conselho consultivo de especialistas na área. O documento analisa nove países e quatro setores da economia com um papel central na transição verde, incluindo novas tecnologias, construção e infraestrutura, transporte e logística, e energia e serviços públicos.

De acordo com a pesquisa, a maioria dos líderes empresariais de todo o mundo considera que a responsabilidade de conduzir a transição ecológica é do setor privado, e não das políticas de emprego, e prevê mais oportunidades do que desafios. Entretanto, o rápido progresso em direção a uma economia de baixas emissões está ameaçado pela incapacidade das empresas em desenvolver e obter habilidades 'verdes' suficientes.
 

Além disso, no último Fórum de Davos, apresentamos um Manifesto com cinco princípios que acreditamos serem fundamentais para avançar mais rápido em direção a um sistema energético seguro e verde em 2023.

  • Dobrar nosso compromisso com as redes elétricas. Para atingir a meta de emissões líquidas zero, a quantidade de geração renovável a ser conectada à rede precisa aumentar de cinco a seis vezes até 2040. Além disso, os níveis de demanda de eletricidade também crescerão maciçamente. As redes elétricas representam o elo fundamental entre essas novas fontes de energia verde e a descarbonização das casas e empresas locais. 

  • Impulsionar a implantação de novas gerações renováveis. Nossa posição de liderança global em renováveis, com mais de 40.000 MW de capacidade instalada, nos dá a confiança e conhecimento necessário para desenvolver projetos cada vez mais ambiciosos e inovadores. Até 2030, nossos planos exigem um aumento de quase dez vezes a capacidade eólica offshore instalada atualmente, enquanto continuamos crescendo fortemente em energia eólica onshore e solar. 

  • Fazer do hidrogênio verde uma solução em larga escala. Com mais de 50 projetos em 8 países, estamos liderando o desenvolvimento do hidrogênio verde como solução de energia limpa para aqueles setores da economia que serão difíceis de descarbonizar através da eletrificação. 

  • Estimular a inovação. Como empresa privada de energia que mais investe em P&D no mundo – mais de 2 bilhões de euros nos últimos dez anos – queremos ir mais longe e mais rápido na inovação necessária para garantir a segurança energética verde. 

  • Ter em mente os benefícios da descarbonização. Como empresa de energia com os planos de descarbonização mais ambiciosos do mundo, nosso objetivo é alcançar neutralidade de emissões em nossas centrais de geração e consumo próprio até 2030 e alcançar emissões líquidas zero em todas as nossas atividades até 2040. Nosso Plano de Ação Climática, lançado na COP27, reforça nosso compromisso com a neutralidade de emissões como meio de preservar o meio ambiente e gerar emprego e desenvolvimento industrial.

  • Novas estratégias para melhorar os empregos verdes. Estamos determinados em fazer com que os empregos verdes sejam a base do futuro, e para isso é necessário acabar com a distância que existe atualmente entre os trabalhadores e as novas habilidades. Para cumprir com esse objetivo, é preciso que as empresas liderem o caminho por meio de programas que busquem especializar os seus atuais funcionários. Além disso, também é urgente e necessário realizar colaborações com os governos regionais para que se avance em termos de regulamentação. Para isso, acreditamos que é importante adotar uma política de emprego ativa e incentivar as empresas a serem mais ecológicas por meio de normas mais rígidas, cobrando pelas emissões e acabando com os subsídios aos setores poluentes.  
     

 

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Comprometidos com a recuperação verde

A Iberdrola acelerou seus investimentos em energias renováveis, digitalização e mobilidade elétrica para impulsionar a recuperação econômica e a criação de empregos após a crise da COVID-19.

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Lideramos a transição energética

O grupo aposta nas energias renováveis, redes, armazenamento energético e nas soluções inteligentes para seus clientes como eixos de seu modelo de negócio limpo, confiável e inteligente.

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Líder mundial em energias renováveis

A empresa vai investir 34 bilhões de euros em energias renováveis até 2025, reforçando sua posição como líder internacional em energias limpas e primeira geradora eólica na Europa

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Referência contra as mudanças climáticas

A Iberdrola está plenamente alinhada aos objetivos de redução de emissões do Acordo de Paris e contribui de forma ativa para conseguir um futuro descarbonizado.

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Com os ODS

O grupo incluiu em sua estratégia empresarial os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, colocando o foco na energia acessível e limpa (ODS 7), na ação climática (ODS 13) e na indústria, inovação e infraestruturas (ODS 9).

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Promovemos os empregos verdes

A transição para uma economia descarbonizada não é fundamental apenas para frear as mudanças climáticas, também é um motor de crescimento econômico com potencial para criar milhões de empregos verdes.

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Na vanguarda da transformação digital

Primeira companhia energética privada da Europa e segunda do mundo em investimentos em P&D, a Iberdrola lidera o uso de tecnologias digitais e se prepara para uma era onde as ferramentas disruptivas serão fundamentais.

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Diversidade e inclusão: nossa prioridade estratégica

A companhia está comprometida com a criação de um ambiente diverso e inclusivo onde todas as pessoas se sintam representadas.

Toda a informação sobre Davos e o Fórum Econômico Mundial

O que é Davos e o Fórum Econômico Mundial?

A conferência de Davos é a reunião anual do Fórum Econômico Mundial Link externo, abra em uma nova aba. (WEF, por suas siglas em inglês), uma organização independente e sem fins lucrativos dedicada à cooperação público-privada. Com sede central em Genebra (Suíça), a instituição envolve os líderes políticos, empresariais, culturais, etc. mais importantes do todo o mundo para elaborar a agenda global.

Onde fica Davos?

Davos está em Davos-Klosters, um complexo turístico situado nos Altos Alpes Suíços. É uma das maiores regiões da Europa para a prática de esportes de neve e a cidade mais alta de todo o continente.

Qual é o objetivo de Davos?

O objetivo da conferência de Davos é reunir os principais líderes mundiais para debater os problemas globais mais urgentes e procurar soluções para estes desafios. E isso é feito seguindo o denominado espírito de Davos, baseado na interação interdisciplinar, informal e direta entre partes iguais.

Onde e quando será realizado o Fórum de Davos 2024?

O Fórum Econômico Mundial em Davos 2024 está programado para acontecer de 15 a 19 de janeiro sob o tema "Reconstruindo a confiança".

O que se tratou em Davos 2023? 

O epicentro da agenda de 2022 - sob o tema "Cooperação em um mundo fragmentado" - é tratar de problemas globais e encontrar soluções para os desafios mais urgentes do mundo.

Quantos Fóruns de Davos foram realizados?

A conferência de Davos 2024 será a 54ª edição dessa reunião anual.

Quais são os objetivos do Fórum Econômico Mundial?

O Fórum Econômico Mundial tem como missão servir de plataforma para o diálogo e a cooperação entre instituições públicas e privadas de todo o planeta. Essa missão é baseada na teoria dos grupos de interesse, segundo a qual as organizações — independentemente do tipo que forem — são responsáveis perante todos os setores da sociedade. Dessa forma, uma empresa além de se guiar pelos interesses de seus acionistas, também deve fazê-lo pelo de seus funcionários, clientes, fornecedores, comunidades locais e da sociedade em geral.

Quem foi o criador do Fórum Econômico Mundial?

O criador do Fórum Econômico Mundial foi Klaus Schwab, economista, professor e empresário suíço.

Como surgiu o Fórum Econômico Mundial e como foi a sua evolução?

Em 1971, Klaus Schwab fundou em Genebra o inicialmente chamado Fórum Europeu de Gestão, uma fundação sem fins lucrativos que reunia líderes empresariais de todo o continente em sua reunião anual de janeiro. Essas primeiras conferências pretendiam ajudar as corporações europeias a se atualizarem em termos das práticas de gestão dos Estados Unidos, assim como desenvolver e promover a abordagem de gestão baseada na teoria dos grupos de interesse.

Em 1973, devido ao colapso do sistema de câmbio de Bretton Woods e à guerra árabe-israelita, o Fórum estendeu sua abordagem aos assuntos sociais. Em 1974 em Davos, os representantes políticos foram convidados pela primeira vez. Dois anos mais tarde, foi introduzido um sistema de afiliação que permitia a entrada das 1.000 empresas líderes do mundo. O Fórum começou a trabalhar com a China para estimular as políticas da reforma econômica e, em 1979, depois da publicação do Relatório de Competitividade Global, passou a ser também um centro de pesquisa.

Tudo isso fez com que, em 1987, a instituição se convertesse no Fórum Econômico Mundial. Em 2006, o organismo abriu seus escritórios regionais em Pequim (China) e Nova York e, em 2015, foi reconhecido como organização internacional.

Quais países compõem o Fórum Econômico Mundial?

O Fórum Econômico Mundial reúne as 1.000 empresas líderes do mundo, que fazem parte da instituição através de um sistema de afiliação. Os membros são empresas regionais ou globais que têm a intenção e o potencial de transformar o futuro de maneira significativa, estimulando o crescimento econômico através de suas propostas inovadoras, tanto tecnológicas como de negócios. Só é possível ser membro por meio de um convite.

Quais são as atividades organizadas pelo Fórum Econômico Mundial?

Além da conferência de Davos, os membros do Fórum participam da Reunião Anual de Novos Campeões, que é realizada na China e que é o principal encontro mundial sobre inovação, tecnologia e ciência. O Fórum realiza também reuniões regionais e workshops de alto nível na África, Ásia Oriental, América Latina e Oriente Médio. Além disso, promove a comunidade de Jovens Líderes Globais — composta por pessoas com menos de 40 anos procedentes de diversos setores e disciplinas — e publica diversos relatórios de pesquisa.