Ativismo ambiental e mulheres

As mulheres e sua luta para proteger o meio ambiente

Ação social Igualdade de gênero Mulheres

O combate contra as mudanças climáticas e a proteção do meio ambiente é uma tarefa de todos. Porém, hoje colocamos o foco nas mulheres, mais concretamente naquelas que converteram a preservação da natureza em sua bandeira com um único objetivo: deixar um mundo melhor para as próximas gerações. Elas marcam o caminho, você quer conhecê-las?

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O compromisso das mulheres com a preservação da natureza é fundamental para melhorar a saúde do planeta.

As mudanças climáticas estão pondo em perigo o planeta e, como consequência, a vida dos seres vivos que moram nele. Combater este fenômeno é um dos grandes desafios que a humanidade terá que enfrentar nas próximas décadas, pois ela é, ao mesmo tempo, a causadora do problema e a única capaz de solucioná-lo. Nesta árdua tarefa, que exigirá o compromisso de todos, as mulheres terão um papel fundamental.

Um papel que a Organização das Nações Unidas (ONU) já reconhecera em 1995 durante a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher de Pequim. Na mesma, estabeleceram-se três objetivos estratégicos no referente à mulher e ao meio ambiente:

 A participação ativa das mulheres em todos os níveis de adoção de decisões sobre o meio ambiente.

 A integração de suas preocupações e perspectivas em políticas e programas relacionados com o meio ambiente.

 A implantação de métodos de avaliação da repercussão das políticas de desenvolvimento e ambientais nas mulheres.

O papel da mulher na defesa do meio ambiente 

Durante a última década, a Mãe Terra não parou de lançar mensagens: fenômenos como o aumento da temperatura média da terra, o degelo dos polos e geleiras, e a subida do nível do mar ou a perda de biodiversidade, que tem um papel protetor fundamental na hora de evitar a proliferação de doenças infecciosas como a COVID-19.

Quem melhor que as mulheres para cuidar do planeta. Elas estão cada vez mais presentes nos grandes órgãos de decisão do mundo, como é o caso, por exemplo, de Ursula von der Leyen, atual Presidenta da Comissão Europeia e grande defensora da Recuperação Verde após a crise do coronavírus. Fora das instituições, várias mulheres exibem seu ativismo diariamente e lutam para melhorar a saúde do meio ambiente. Neste particular, se destaca a jovem Greta Thunberg, que com só 17 anos se tornou na imagem do compromisso dos jovens no combate contra as mudanças climáticas.

Para chegar até aqui, as mulheres tiveram que reivindicar durante décadas a igualdade de gênero, um terreno no qual, como reconhece a própria ONU em seu ODS 5, ainda resta muito por fazer. Conforme a ONU Mulheres Link externo, abra em uma nova aba., os desastres provocados pelo clima exacerbam as desigualdades de gênero já arraigadas, ou seja, com frequência as mulheres e meninas são as últimas em comer ou serem resgatadas, enfrentam maiores riscos de saúde e segurança quando os sistemas de água e saneamento estão comprometidos e assumem mais cargas de trabalho doméstico e de cuidados quando os recursos ficam escassos.

Grandes mulheres ambientalistas e ativistas 

A seguir, conheceremos algumas das mulheres que, ao longo do último século, ajudaram com seu trabalho a preservar o meio ambiente e a conscientizar a população mundial:

Rachel Carson (1907-1964)

Em 1962, Carson, bióloga e conservacionista norte-americana, publicou Primavera silenciosa, uma obra onde tratava das devastadoras consequências do uso de pesticidas na fauna e que contribuiu para o despertar da consciência ambiental. Graças a ela, também começou a ser comemorado o Dia da Terra e foi criada a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

Jane Goodall (1934-)

A primatóloga inglesa tem revolucionado a ciência desde 1960 com seus métodos inovadores e suas fascinantes descobertas sobre a conduta dos chimpanzés selvagens em Gombe (Tanzânia). Com seus 86 anos, a Drª Goodall continua trabalhando intensamente na proteção dos ecossistemas e da biodiversidade, na educação ambiental e na sustentabilidade.

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Wangari Maathai (1940-2011)

Em 2004, esta bióloga queniana, também conhecida como Mulher-Árvore, recebeu Prêmio Nobel da Paz por sua contribuição ao desenvolvimento sustentável. Este prêmio, o primeiro para uma mulher africana, foi o ponto alto de uma trajetória que começara em 1977 quando fundou o Green Belt Movement (Movimento Cinturão Verde), cujo objetivo era combater a desertificação, o desmatamento, a crise da água e a fome rural.

Vandana Shiva (1952-)

Uma das grandes defensoras do ecofeminismo na atualidade. A física e filósofa indiana entende a Terra como um ente que faz parte do indivíduo e reivindica uma transformação que acabe com as mudanças climáticas, a desigualdade, a injustiça, as guerras e a fome. Foi uma das fundadoras da Women's Environment & Development Organization (WEDO).

Sheila Watt-Cloutier (1953-)

Watt-Cloutier é uma ativista inuit canadense que defende o direito de seu povo a viver no frio. O mundo dos inuit (nome comum para os diferentes povos que habitam as regiões árticas da América do Norte) está se derretendo. Daí provém sua luta contra o aquecimento global, tanto que foi nomeada para o Prêmio Nobel da Paz em 2007.