A efectividade da COP26
A COP26 foi um ponto de inflexão para o planeta?
Transição energética Ação climática
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), realizada em Glasgow entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021, reuniu os principais representantes dos países e líderes energéticos para chegar a um acordo com medidas para conter o aumento da temperatura global. No entanto, as emissões de gases poluentes continuaram aumentando nos últimos anos. Neste contexto, os participantes neste debate se perguntavam: teria a COP26 alguma contribuição séria na luta contra as mudanças climáticas?
Debate sobre a contribuição da COP 26 à luta contra as mudanças climáticas, realizado em outubro de 2021 pela Intelligence Squared. Áudio em inglês.
A COP26 fará alguma contribuição séria na luta contra as mudanças climáticas?
O jornalista Kamal Ahmed moderou esta reunião entre o CEO da Scottish Power, filial da Iberdrola no Reino Unido, Keith Anderson, e o professor de Política Econômica da Universidade de Oxford, Dieter Yelmo, para debater se as medidas tomadas durante a COP26 teriam alguma contribuição séria na luta contra as mudanças climáticas. O debate ocorreu no dia 29 de outubro de 2021, antes do início da conferência.
O principal objetivo da COP26, celebrada em Glasgow entre os dias 31 de outubro a 12 de novembro, era o de alcançar acordos de emissões líquidas de carbono zero até a metade do século 21, com metas intermediárias para 2030. Por outro lado, se os líderes mundiais e os chefes de estado não conseguirem isso, os efeitos do aumento da temperatura global podem se tornar irreversíveis, como muitos cientistas advertem.
As possibilidades de sucesso, no entanto, não são esperançosas. Apesar da celebração de conferências climáticas todos os anos desde 1995 (com exceção de 2020 devido à pandemia) e toda a propaganda em torno do Protocolo de Kyoto de 2011 e do Acordo de Paris de 2015, as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera continuaram aumentando, mesmo durante o ano da pandemia.
Dada a urgência de avançar em direção a uma economia neutra em carbono, será que os maiores produtores de gases de efeito estufa, como China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão, podem ser persuadidos a assinar acordos legais que estejam relacionados com suas emissões?
Além disso, será que as vozes das pessoas do Sul Global, aqueles que vivem em países em desenvolvimento, que já estão sentindo os efeitos da crise climática, serão ouvidas? E em relação à posição da ONU nesta luta, sua abordagem de cima para baixo é realmente a melhor maneira de enfrentar a ameaça que o mundo enfrenta hoje?
Fonte: Intelligence Squared