ODS 8: Trabalho digno e crescimento económico

Atuamos como indutor de desenvolvimento econômico e social criando emprego estável e de qualidade

Emprego Economia ODS

Na Iberdrola, realizamos 4.653 novas contratações em 2022, ultrapassando assim o total de 42.200 funcionários. Além disso, nós do Grupo Iberdrola mantemos outros 400.000 empregos em milhares de fornecedores no mundo inteiro através de nossas compras, que superam os 18,1 bilhões de euros no ano.

ODS 8: Trabalho digno e crescimento econômico. O que é e por que é tão importante?

O ODS 8 entende que o crescimento econômico sustentável e inclusivo pode promover o progresso, criar empregos decentes para todos e melhorar os padrões de vida. Para tal, entre outras medidas, a ONU considera que é necessário promover uma série de políticas para manter o crescimento econômico per capita de acordo com as circunstâncias nacionais e conseguir que o crescimento do PIB dos países menos adiantados seja de, pelo menos, 7 % ao ano, ou para alcançar níveis mais altos de produtividade econômica por meio da diversificação, da atualização tecnológica e da inovação, tendo como foco os setores de alto valor agregado. Além disso, existe a necessidade de melhorar progressivamente a produção e o consumo eficientes dos recursos mundiais e de procurar dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental.

Esse é um dos ODS que sofreu um grande retrocesso devido à confluência de várias crises econômicas e geopolíticas, além da pandemia causada pela COVID-19. De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, é improvável que os países e regiões de baixa renda na África e nos Estados Árabes recuperem os níveis pré-pandêmicos de desemprego até 2023. Portanto, as Nações Unidas desenvolveram um plano de ação para dar uma resposta socioeconômica às recentes crises que permitisse apoiar os países em suas recuperações sociais e econômicas e, assim, alcançar um desenvolvimento mais sustentável e tornar a economia global mais resistente a crises futuras.

Erradicar a pobreza apenas será possível com empregos estáveis e bem remunerados. Além disso, de acordo com seu mais recente Relatório sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (2023), o cumprimento do ODS 8 também exigirá uma profunda reforma do sistema financeiro para lidar com o aumento da dívida, a incerteza econômica e as tensões comerciais, ao mesmo tempo em que se promove a igualdade salarial e o trabalho decente para os jovens. Dessa forma será possível promover o crescimento econômico sustentado, sustentável e inclusivo, tal como gerado pelo emprego verde.

De acordo com as Nações Unidas, para que as pessoas que estão entrando no mercado de trabalho acompanhem o crescimento da população mundial em idade ativa, é necessário que se criem 470 milhões de empregos entre 2016 e 2030 em todo o mundo. Esse número representa cerca de 30 milhões de empregos por ano. Além disso, esses trabalhos devem ser considerados decentes, ou seja, uma atividade produtiva que proporcione uma renda justa, segurança no local de trabalho e proteção social para as famílias, ao mesmo tempo em que oferece melhores perspectivas de desenvolvimento pessoal e integração social.

O objetivo de crescimento de 7 % do PIB nos países menos avançados não tinha sido alcançado antes da pandemia. De fato, a taxa de crescimento do PIB real per capita foi de 2 % em 2018 (mesmo nível da taxa média de crescimento anual de 2010 a 2018). Em 2021, após o enorme colapso causado pela crise do coronavírus, a taxa de crescimento mundial cresceu para 5%, desacelerando até a cifra de 2,2 % em 2022. A previsão é que a taxa de crescimento diminua ainda mais para 1,6 % em 2024.

Outro objeto de estudo da ONU foi a situação do emprego informal, aqueles empregos que não estão registrados, regulamentados ou protegidos por marcos legais ou regulatórios, sejam eles remunerados ou não. De acordo com a organização, essa situação havia diminuído lentamente entre 2015 e 2019, mas as medidas de confinamento e contenção durante a pandemia da COVID-19 levaram a grandes perdas de emprego para os trabalhadores informais, especialmente para as mulheres.

Em 2022, a proporção de trabalhadores em empregos informais era de 58 %, o que corresponde a cerca de 2 bilhões de pessoas em situações laborais precárias sem proteção social. Regiões como a África Subsaariana e a Ásia Central e do Sul continuam tendo altas taxas de informalidade, com 87,2 % e 84,8 %, respectivamente.

Em relação à taxa de desemprego, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) prevê que a cifra mundial será de 5,8 % em 2022 após um pico de 6,9 % em 2020, registrando um número maior do que o nível pré-pandêmico (5,5 %) em 2019. A projeção é de que o desemprego global permanecerá em 5,8 % até 2024, com quase 211 milhões de pessoas desempregadas. No entanto, o resultado também será desigual por região, sendo pouco provável que os países de baixa renda reduzam sua taxa de desemprego. Além disso, os jovens de 15 a 24 anos continuam com grandes dificuldades para encontrar um trabalho decente, sendo que a taxa global de desemprego entre os jovens é muito maior do que a dos adultos com 25 anos ou mais.

Enfrentar a situação atual e reverter esses dados se converteu em um objetivo primordial no âmbito internacional. Por isso, garantir o trabalho digno, inclusivo e sustentável se converteu no ODS 8 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, aprovados em setembro de 2015 como parte da Agenda 2030.

A Iberdrola com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Fatores-chave para entender a desigualdade no mercado de trabalho no mundo

Trabalho decente e crescimento econômico
  • Ícone Desemprego global O número de pessoas desempregadas no mundo caiu de forma significativa em 2022 para 205 milhões, menos do que os 235 milhões de 2020, mas ainda 13 milhões acima do nível de 2019.
  • Ícone Emprego informal Em 2022, a proporção de pessoas em empregos informais era de 58% em todo o mundo. Isso corresponde a cerca de 2 bilhões de trabalhadores em postos de trabalho precários sem proteção social.
  • Ícone Recuperação econômica A previsão é que a taxa de crescimento anual do PIB chegue a 5,2% em 2024, abaixo da meta de 7% dos ODS.

Os 10 países com o menor Índice de Desenvolvimento Humano em 2021

  • Sudão do Sul 0,385
  • Chade 0,394
  • Níger 0,400
  • Rep. Centro-Africana 0,404
  • Burundi 0,426
  • Mali 0,428
  • Mozambique 0,446
  • Burkina Faso 0,449
  • Iêmen 0,455
  • Guiné 0,465
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Principais causas

As políticas fiscais atuais, que provocam uma redução de renda da população; a corrupção e os fluxos ilícitos de capitais; a concentração da riqueza; o acesso não igualitário à educação; a pobreza laboral, que diminui lentamente; a brecha salarial, cada vez maior; e a desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

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Como podemos acabar com ela?

Devemos promover um acesso mais equitativo à educação e aos empregos bem remunerados; colocar em funcionamento um registro financeiro global para limitar a evasão fiscal; acabar com a concentração da riqueza extrema.

Fontes: PNUD e ONU

 VER INFOGRÁFICO: Fatores-chave para entender a desigualdade de trabalho no mundo [PDF] Link externo, abra em uma nova aba.

Metas do ODS 8: Trabalho digno e Crescimento econômico 

As metas concretas fixadas para o ano 2030 são:

  • Alcançar o emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas as mulheres e homens, inclusive para os jovens e as pessoas com deficiência, e remuneração igual para trabalho de igual valor. 

  • Erradicar o trabalho forçado e infantil e proteger os direitos trabalhistas.

  • Adotar políticas fiscais, salariais e de proteção social e conseguir progressivamente uma maior igualdade.

  • Proteger os direitos trabalhistas e promover ambientes de trabalho seguros e protegidos para todos os trabalhadores, incluindo os trabalhadores migrantes, em particular as mulheres migrantes, e pessoas em empregos precários. 

  • Melhorar progressivamente a eficiência dos recursos globais e dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental.

  • Até 2030, desenvolver e implementar políticas para promover um turismo sustentável que crie empregos e promova a cultura e os produtos locais.

  • Garantir uma maior representação dos países em vias de desenvolvimento nas decisões adotadas pelas instituições econômicas e financeiras internacionais.

Os ODS e o seu impacto na economia, na sociedade e no ambiente

Os ODS como parte da estratégia empresarial do Grupo Iberdrola

Circulo ODS

Foco principal

  • Energia limpia e acessível
  • Ação contra a mudança global do clima

Contribuição direta

  • Água potável e saneamento
  • Indústria, inovação e infraestrutura
  • Vida terrestre
  • Parcerias e meios de implementação

Contribuição indireta para o restantes dos ODS

  • Erradicação da pobreza
  • Fome zero e agricultura sustentável
  • Saúde e bem-estar
  • Educação de qualidade
  • Igualdade de gênero
  • Trabalho decente e crescimiento econômico
  • Redução das desigualdades
  • Cidades e comunidades sustentáveis
  • Consumo e produção responsáveis
  • Vida na água
  • Paz, justiça e instituiçoes eficazes

Nossa contribuição ao ODS 8: Trabalho digno e crescimento econômico 


Na Iberdrola, trabalhamos para garantir que nossas atividades tenham um impacto positivo nas comunidades em que estamos. Nossa estratégia e modelo de negócios estão totalmente comprometidos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, portanto, a empresa aposta firmemente em um desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Somos um importante impulsionador da criação de empregos; desde 2015, contratamos entre 4.000 e 5.000 funcionários por ano, sendo que praticamente 100% dos contratos são permanentes. Para ser mais específico, em 2023, fizemos 4.653 novas contratações, ultrapassando o total de 42.200 funcionários de quase 90 nacionalidades. Também estamos comprometidos com a qualidade do emprego e, portanto, oferecemos aos nossos funcionários vários benefícios sociais, como planos de pensão ou programas de bem-estar para facilitar a conciliação entre a vida pessoal e profissional. Além disso, o Grupo apoia outros 400.000 empregos através de milhares de fornecedores em todo o mundo por meio de nossas compras, que ultrapassaram 17,8 bilhões de euros no ano.

Também contamos com uma sólida estratégia de aprendizagem, já que buscamos promover a experiência de nossos funcionários e incentivar seu crescimento profissional, realizando rotações internas e mobilidades internacionais como alavancas de desenvolvimento. Além disso, contamos com soluções que reforçam o desenvolvimento de capacidades estratégicas por meio de ações focadas em diferentes perfis profissionais. Como resultado das várias iniciativas promovidas, em 2022, foram oferecidas 68 horas de formação por funcionário, o que coloca a empresa nos níveis mais altos da Europa.