Notícia

2022-04-04 06:33:00.0

Sánchez Galán aposta por "mais Europa" para superar a crise energética

  • Argumenta que "a solução tem que ser europeia e o mais rápido possível" e requer o aumento dos investimentos em energias renováveis, redes elétricas e armazenamento.
  • Está convencido de que uma segurança jurídica mais robusta diminuirá os efeitos das crises que podem surgir no futuro.

O presidente da Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, acredita que a resposta à crise deve ser "mais Europa" ou não existirá. "É fundamental a estabilidade e a ortodoxia regulatória, a segurança jurídica e ter mais diálogo e mais regras de mercado". Acredita que as soluções têm que ser comuns e não para que cada país tome medidas de forma isolada. O presidente da Iberdrola participou do fórum "Wake up! Spain", organizado pelo jornal digital El Español. Durante seu discurso, ele deixou claro que a Espanha não é uma exceção nesta crise, e que ela afeta "toda a Europa igualmente". 

Ele acredita que não foi feito o suficiente na União Europeia para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, que representam 60% do consumo total de energia. Aliás, ele responsabilizou os altos preços do carvão, do gás e do petróleo pela crise energética. Sánchez Galán deixou claro que a solução para esta situação é acelerar o compromisso com as energias limpas e com a autossuficiência a fim de reduzir a dependência de energia estrangeira.

O presidente da Iberdrola defende que as soluções para a crise devem ser compartilhadas por todos, e que devem durar com o tempo. O presidente da Iberdrola acredita que a Europa "está levando muito a sério a implementação de políticas que reduzem a dependência externa".  Em sua opinião, é necessário investir mais em energias renováveis, redes elétricas e armazenamento. A implantação de energias renováveis precisa ser mais rápida. 

"Os preços no mercado diário de eletricidade são similares em toda a União Europeia, e ainda mais baixos na Espanha". Ele ressaltou que 80% da energia não está sendo afetada pelas flutuações no mercado de eletricidade, já que estão definidas por meio de contratos de tarifa fixa. Ele entende que o elemento diferencial na União Europeia é o mercado varejista: "O PVPC, sujeito a um mal planejamento, é o que causa a volatilidade dos preços por hora".

Ele apontou os EUA como o "principal destino de investimento da Iberdrola", pois tem "previsibilidade, estabilidade e segurança jurídica". Além disso, ressaltou que o tratamento fiscal do país é muito mais favorável às empresas de energia. Ele lembrou que, segundo um estudo do BNP, a Espanha é o país "com o maior risco regulatório da Europa e isso não ajuda". Ele insistiu que a Europa deve ser dotada de uma segurança jurídica mais robusta a fim de reduzir os efeitos de crises futuras.

Por último, ele elogiou a excelência das empresas espanholas, que estão levando o nome do país para todo o mundo, assim como de seus fornecedores.