Notícia

Ignacio Galán, presidente da Iberdrola, foi entrevistado pelo canal de televisão econômico CNBC durante o Fórum de Davos 2022, ao qual o CEO compareceu como representante da empresa de eletricidade. Durante a conversa, que começou com o limite do preço do gás para a Espanha e Portugal, Galán destacou as seguintes ideias:

• "Quando se intervém nos mercados, as consequências são imprevisíveis. O limite de preço da Theresa May no Reino Unido há alguns anos é um bom exemplo das duras consequências econômicas que acontecem depois de 3, 4 ou 5 anos".
• "É a favor dos subsídios por determinados períodos de tempo para favorecer tecnologias pouco maduras. Por exemplo, o hidrogênio verde, que requer algum apoio inicial até atingir uma massa crítica que o torne competitivo, mas não concorda com um sistema de subsídios generalizado".
• "A Europa fez muitas coisas bem, como a decisão de tentar descarbonizar a economia europeia e ao mesmo tempo criar empregos de qualidade. Entretanto, se tivéssemos sido mais rápidos na implementação de energias renováveis, na construção de interconexões, no fortalecimento de nossas redes e na produção de hidrogênio verde, teríamos muito menos problemas de escassez de suprimento neste momento". 
• "O gás é uma tecnologia de transição e seguirá por algum tempo. O ponto é que as energias renováveis são mais baratas do que o gás e proporcionam autossuficiência. Tecnologias como a solar ou a eólica já são mais competitivas que o gás, em condições normais, e podem ser oferecidas aos cidadãos a preços mais baixos".
• "Acelerar a instalação de mais energias renováveis, mais redes e mais armazenamento. Se formos capazes de combinar esta equação, teremos uma solução diferente para a próxima crise econômica, que virá em algum momento".