Notícia
O presidente executivo da Iberdrola participa de vários fóruns da COP28 em Dubai
Ignacio Galán: "Triplicar as renováveis para 2030 é possível e mobilizará investimentos de 2,2 trilhões de dólares por ano"
- O presidente executivo da Iberdrola ressalta que, para alcançar o objetivo de triplicar as energias renováveis, serão necessários investimentos de 2,2 trilhões de euros por ano, estabilidade regulatória, financiamento adequado e compromisso institucional.
- Além disso, afirma que os jovens são "aceleradores essenciais da transição energética".
- Galán também destaca o papel do hidrogênio verde na transição energética em um evento organizado pela European Round Table of Industrialists (ERT).
O presidente executivo da Iberdrola, Ignacio Galán, assegurou nesta manhã na COP28 que o objetivo de triplicar a capacidade renovável instalada até 2030 é possível. São 118 os países que já se comprometeram com esse objetivo na Cúpula do Clima que está sendo realizada em Dubai. Eles também se comprometeram a dobrar o índice de eficiência energética, aumentar a eletrificação e reduzir as emissões de metano e o uso de combustíveis fósseis. Esse compromisso busca limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2050, em comparação com os níveis pré-industriais.
O presidente executivo da Iberdrola participou do evento pela primeira vez esta manhã no Fórum da Semana de Sustentabilidade de Abu Dhabi (ADSW), onde afirmou que a ação para atingir a meta deve ser imediata.
A demanda de eletricidade deve aumentar 2,5 vezes para alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa. Nesse contexto, o presidente executivo da Iberdrola destacou que, "para atender a essa demanda, os investimentos no sistema elétrico global terão que aumentar de 800 bilhões de dólares por ano para 2,2 trilhões de dólares por ano até 2030".
O presidente executivo da Iberdrola também destacou que, para atrair os enormes investimentos em energias renováveis, redes e armazenamento, serão necessárias políticas energéticas claras, previsíveis e estáveis para gerar confiança e incentivos suficientes.
Ignacio Galán defendeu regulamentações que acelerem o licenciamento, facilitem contratos de energia de longo prazo (conhecidos como PPAs) e remunerem adequadamente os ativos regulamentados. "Precisamos acelerar a expansão da eletrificação por meio de energias renováveis para reduzir nossa dependência de combustíveis fósseis. Os investimentos em redes também devem crescer exponencialmente, já que cerca de 80 milhões de quilômetros de redes precisarão ser construídos ou substituídos nos próximos 20 anos", disse.
O papel do hidrogênio verde
O presidente executivo da Iberdrola também participou de um debate organizado pela European Roundtable for Industry (ERT) sobre o Futuro do Clima, Sustentabilidade e Energia Limpa. Durante o evento, realizado na Zona de Inovação da COP28, Ignacio Galán destacou o importante papel do hidrogênio verde na transição energética; uma tecnologia que já é uma realidade e que demonstra o compromisso da empresa com as novas tecnologias para alcançar uma indústria energética segura, limpa e competitiva. Galán também afirmou que "é possível triplicar a capacidade renovável até 2030, da mesma forma que já conseguimos, em 2020, que mais de 20% do consumo de energia da Europa seja proveniente de energias limpas".
A ERT reúne 60 CEOs e presidentes de empresas industriais e de tecnologia europeias que operam em todo o mundo - algumas produzindo muita energia, outras operando em setores com uso intensivo de energia -, sendo todas elas comprometidas com emissões zero e agindo em larga escala para atingir as metas climáticas da UE. Para muitas empresas, esse compromisso significa a transformação total de suas operações comerciais em todo o mundo, em circunstâncias geopolíticas cada vez mais difíceis. A agenda de ação climática é global e deve ser uma prioridade para todos. O desafio não é apenas alcançar a neutralidade climática na UE, mas também em nível internacional, o mais rápido possível.
Como o setor europeu tem estado na vanguarda da invenção de soluções de tecnologia limpa para reduzir rapidamente as emissões na última década, a ERT incentiva os governos a apoiar a modernização da infraestrutura e a criar um ambiente propício para que as empresas, incluindo os setores com uso intensivo de energia, descarbonizem de forma eficaz, sustentável e competitiva.
Os membros da ERT têm uma renda combinada de mais de dois trilhões de euros.
Reunião de Galán com jovens ativistas do clima
Depois disso, Ignacio Galán se reuniu com jovens ativistas do clima na COP28 para discutir as oportunidades de carreira oferecidas pela transição energética e a melhor forma de atrair os talentos verdes do futuro.
Reforçando o compromisso da Iberdrola com a educação em tecnologia limpa, o presidente executivo da Iberdrola, Ignacio Galán, disse: "Os jovens são um acelerador necessário para a transição energética e estamos focados em criar os melhores caminhos para que eles construam carreiras verdes para o futuro e se beneficiem de uma economia verde sustentável e próspera. As conversas que estamos tendo hoje são mais importantes do que nunca para entender as expectativas, necessidades e esperanças dos jovens, para que possamos continuar melhorando o acesso ao nosso setor para as próximas gerações".
O evento, organizado pela Iberdrola e com a participação da UNICEF, se centrou no papel vital que os jovens desempenham na aceleração da transição energética e em como o desenvolvimento de habilidades nessa área está diretamente ligado à obtenção de economias e sociedades sustentáveis, descarbonizadas e resilientes. A economia verde é o futuro, e os empregos do futuro estão na economia verde.
Representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) também participaram das discussões. Compareceram Amanda da Cruz Costa, fundadora e diretora executiva do Instituto Perifa Sustentável, do Brasil; Saif Al-Qudah, dos Emirados Árabes Unidos, especialista em transição energética e mitigação das mudanças climáticas; Shivi Dwivedi, embaixador da Índia na Antártica; Martin Masiya, fundador e CEO da Sollys Energy, do Malaui; a nigeriana-americana Amara Nwuneli, bolsista da Ashoka e fundadora da Preserve Our Roots; e Mohamed Ageez, do Egito, consultor de empregos verdes e pesquisador de políticas de inovação.