Notícia
Na reunião da Powering Past Coal Alliance da COP 26
Ignacio Galán: "Devemos agir conjuntamente diante da urgência climática"
- O presidente da Iberdrola teve uma agenda intensa durante o dia de hoje na Conferência do Clima
- Galán afirmou que é necessário fechar completamente as instalações a carvão e desmantelar essas usinas. Caso contrário, quando houver problemas de mercado no curto prazo, sempre existirá a tentação de reativá-las. O carvão não tem sentido em um sistema energético moderno
- O Grupo Iberdrola lidera o caminho rumo a uma economia descarbonizada e resiliente através de um modelo de negócio sustentável e eficiente, onde foram investidos mais de 120 bilhões de euros nos últimos 20 anos e fechadas suas usinas termelétricas a carvão e diesel existentes no mundo
O presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, participou nesta manhã do evento da Powering Past Coal Alliance (PPCA), a coalizão de governos e empresas criada em 2017 para promover políticas e planos de investimento alinhados contra o fim do uso do carvão como fonte de energia para avançar na implantação de energias limpas.
Nesse contexto, assinou em nome da Iberdrola uma Declaração Internacional que defende abolir o uso dessa matéria-prima, em consonância com a presente edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que considera essa medida como uma das principais estratégias para avançar no compromisso de limitar o aumento global de temperatura no planeta a 1,5 graus no máximo.
A Iberdrola é pioneira na transição energética e uma das primeiras empresas em fazer parte da Powering Past Coal Alliance, um compromisso de descarbonização que permitirá passar das energias fósseis para fontes renováveis.
Nesse sentido, Galán advertiu sobre o momento crucial que o planeta está vivendo, com a perspectiva posta no ano 2050, onde as emissões de efeito estufa deveriam atingir o custo zero. Para tal, seria necessário uma redução de cerca de 45% em menos de 10 anos.
O presidente sublinhou a obrigação de trabalhar de forma conjunta para acabar de maneira urgente com o carvão e apostar na eletrificação com fontes renováveis para proteger o planeta.
A Companhia é pioneira neste caminho rumo à sustentabilidade, pois está comprometida com as energias renováveis há 20 anos. Nessa trajetória, a Iberdrola fechou 17 instalações de carvão e petróleo, assim como fez um investimento de cerca de 120 bilhões de euros em energias limpas, redes inteligentes e digitalização, atingindo 35 GW instalados em energias renováveis.
A Iberdrola também projetou um investimento de 155 bilhões de euros ao longo dos próximos 10 anos, com o objetivo de atingir a emissão zero em 2030, adiantando-se assim à meta europeia em 20 anos.
O modelo de negócio da Iberdrola, que multiplicou por 6 seu tamanho, demonstra que a luta contra as mudanças climáticas é totalmente compatível com a criação de valor para seus acionistas, trabalhadores e para a sociedade em seu conjunto. A empresa atualmente é líder mundial em energias renováveis, fornecendo energia para mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.
Contudo, segundo o presidente, os compromissos de descarbonização que sairão da COP 26 só serão possíveis se os governos garantirem um marco regulatório estável coerente, previsível e com segurança jurídica. O objetivo é assegurar que o desenvolvimento da energia limpa não seja afetado por problemas temporários, tal como está acontecendo atualmente com o aumento do preço do gás, que está facilitando que algumas empresas retrocedam no caminho e voltem a apostar no carvão.
Em sua opinião, a essas regras estáveis deveríamos somar outras medidas como a suspensão imediata dos subsídios aos combustíveis fósseis ou proporcionar sinais de preços baixos de acordo com o princípio do “poluidor pagador”. No entanto, Sánchez Galán insistiu principalmente na necessidade de acabar com a burocracia que impede que os projetos ecológicos sejam aprovados com rapidez.
Fortalecendo a descarbonização na Espanha
A Iberdrola está avançando em sua estratégia nacional de descarbonização através de um plano de transformação verde vinculado ao encerramento metódico de suas usinas, tal como ocorreu com a de Velilla (Palência) ou a de Lada (Astúrias).
Esses planos incluem investimentos em energias renováveis, a criação de plataformas cidadãs, projetos de economia circular, assim como a dinamização do tecido empresarial e a criação de empregos na região em torno de princípios verdes e inovação, além de apoio ao empreendimento local.