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A iniciativa de inovação em escala real será implementada em um forno e permitirá substituir a metade do gás natural por hidrogênio verde

2021-04-22 00:00:00.0

A Iberdrola e a empresa Porcelanosa abordam a primeira solução para eletrificar a fabricação de revestimentos cerâmicos, combinando energias renováveis, hidrogênio verde e bomba de calor

  • O projeto denominado GREENH2KER foi apresentado ao programa europeu Innovation Fund Small Scale e contempla medidas reais de investimento com um alto conteúdo inovador.

A Iberdrola e a Porcelanosa abordam a primeira solução inovadora em escala real para eletrificar a fabricação de revestimentos cerâmicos, combinando energias renováveis, hidrogênio verde e bomba de calor O projeto denominado GREENH2KER é o primeiro que se realiza de forma conjunta após o acordo alcançado recentemente entre ambas as empresas para avançar na descarbonização do processo industrial na produção cerâmica.

A iniciativa tem um duplo objetivo. Por um lado, o aproveitamento energético e a redução de emissões de CO2 através do desenvolvimento de um sistema de uso acoplado de hidrogênio verde e bomba de calor que será implementado em um forno da fábrica da Porcelanosa em Vila-real. Uma solução que visa otimizar a energia térmica residual substituindo a metade do gás natural como combustível por hidrogênio verde.

O projeto integral contempla a incorporação nas instalações da Porcelanosa de um eletrolisador alimentado por usina fotovoltaica para a produção de hidrogênio verde. Também será incluída uma estrutura tecnológica que aproveitará tanto o excesso de calor residual quanto o das linhas de produção mediante sistemas de alta eficiência.

Com essa modificação do sistema de combustão, a Porcelanosa pretende integrar a geração de hidrogênio verde com o uso eficiente da bomba de calor para reduzir 2.351 toneladas de CO2 eq/ano e diminuir o impacto energético decorrente de sua atividade industrial, cumprindo assim os Objetivos de Descarbonização estipulados pela União Europeia.

A solução inovadora, a primeira realizada no âmbito da indústria de revestimentos cerâmicos, mostra o caminho para a descarbonização desse setor, assim como para as demais indústrias intensivas no que se refere ao uso de energia térmica que, atualmente, provém do uso de combustíveis fósseis.

Além da Iberdrola e da Porcelanosa, o projeto GREENH2KER conta com a colaboração da Sacmi, fabricante internacional de máquinas e instalações completas para a indústria cerâmica. Trata-se de uma medida que foi apresentada ao programa europeu Innovation Fund Small Scale e que contempla projetos reais de investimento com um alto conteúdo inovador e que será avaliado em função de sua novidade tecnológica, das emissões evitadas de GEE (gases de efeito estufa), assim como de sua maturidade e replicabilidade na estratégia de descarbonização de outros setores industriais.


Investimentos verdes para reativar a economia e o mercado de trabalho

A Iberdrola tem plena convicção de que a transição energética pode atuar como um agente indutor fundamental para a transformação do tecido industrial, a recuperação verde da economia e a criação de empregos. Para tal, a Companhia lançou um plano de investimento histórico de 150 bilhões de euros para a próxima década – 75 bilhões até 2025 – com o objetivo de triplicar sua capacidade de geração de energia renovável e dobrar os ativos de redes, aproveitando as oportunidades da revolução energética que as principais economias do mundo enfrentam.

Os investimentos na Espanha situam-se em 14,3 bilhões de euros até 2025, destinando-se principalmente à implantação de energias renováveis e redes inteligentes.

Após vinte anos promovendo a transição energética, a Iberdrola é líder em energias renováveis com cerca de 35.000 MW instalados; um volume que converte seu parque de geração em um dos mais limpos do setor energético.

Com emissões de 98 grCO2/kWh que já são dois terços inferiores em relação à média europeia, a estratégia de investimento em energias limpas e redes levará a Iberdrola a ser uma companhia “neutra em carbono” na Europa até 2030.

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