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2021-03-31 00:00:00.0

Emitimos mais carbono do que nunca: somente uma grande coalizão global pode parar este processo

Em um artigo publicado no jornal econômico espanhol Cinco Días (quarta-feira, 31 de março), o presidente do grupo Iberdrola, Ignacio Galán, afirma que “as evidências científicas demonstram que a única forma de alcançar as metas de 2050 é com uma mudança de tendência radical desde hoje mesmo”.

Durante a pandemia, explica, ocorreram emissões de CO2 superiores aos níveis anteriores à crise, o que traz consigo uma mensagem negativa sobre o objetivo da União Europeia para a redução das mesmas. “Qual é a mensagem que transmitiremos sobre a possibilidade de alcançar emissões líquidas nulas se em 2021 já ultrapassamos as de 2019?”.

“Não é suficiente dizer que o tempo está acabando. A década de 2020 deve ser a dos resultados”, garante. Para tal, indica que “a atuação dos governos não basta”, os agentes privados também devem se envolver, apoiando as promessas com investimentos, como o plano recorde de 150 bilhões de euros apresentado pela Iberdrola para o ano de 2030.

Nesse sentido, é fundamental continuar angariando apoios, como o Pacto Verde da UE, prova de sua liderança neste assunto, ou o histórico Acordo de Paris de 2015, ao qual os Estados Unidos voltaram a fazer parte. Por sua parte, a China também se comprometeu a atingir a neutralidade em carbono até 2060.

“2050 está se aproximando — conclui Galán—, e o que façamos em 2021 deve nos colocar no caminho para cumprir os objetivos de Paris. É uma oportunidade que não podemos nos permitir deixar passar”.