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A usina de hidrogênio verde da Iberdrola em Puertollano - a primeira a produzir este recurso em grande escala na Europa - está atraindo o interesse dos principais nomes da energia e das autoridades internacionais por esta tecnologia, assim como professores das universidades mais prestigiosas do mundo. 

Uma delegação liderada pelo professor Juan Alcácer, professor de estratégia corporativa da escola de negócios da Universidade de Harvard, visitou a usina alguns dias atrás para ver in situ este projeto pioneiro que já é uma realidade na Espanha, poucos dias depois de ter sido inaugurado por Sua Majestade, o Rei Felipe VI. 

Emer Moloney, uma pesquisadora da escola de negócios de Harvard, também participou desta visita técnica. Ambos os acadêmicos contemplaram o alto grau de desenvolvimento desta iniciativa inovadora, que é composta por uma instalação solar fotovoltaica da Iberdrola de 100 MW, um sistema de baterias de íons de lítio com capacidade de armazenamento de 20 MWh e os sistemas de produção de hidrogênio por meio de eletrólise de 20 MW.

Recentemente, uma delegação chilena de profissionais dos setores público e privado também visitou esta instalação emblemática de hidrogênio verde. Durante a visita, eles tiveram a oportunidade de conhecer a usina (sistema de eletrólise, equilíbrio de pilha, equilíbrio de usina, sistema de compressão e sistema de armazenamento), assim como trocar opiniões sobre as estratégias nacionais de energia e hidrogênio de ambos os países, além de projetos a serem desenvolvidos nos próximos anos. 

A última visita à usina contou com a presença de uma delegação dos principais conglomerados japoneses, incluindo Sumitomo, Mitsubishi, Marubeni, Mitsui, Fujifilm, Asahi, Chiyoda, Toray e Yokogawa. O Japão, assim como a Espanha, embarcou num ambicioso processo de descarbonização de sua economia. 

A visita foi organizada pela Embaixada do Japão, o Instituto de Comércio Exterior do Japão (JETRO) e a Agência Japonesa de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (NEDO). 

Uma equipe do canal de televisão japonês NHK acompanhou a delegação durante todo o percurso, que incluiu uma visita ao Centro Nacional de Experimentação de Tecnologia de Hidrogênio e Células a Combustível (CNH2) em Puertollano, uma organização nacional de pesquisa destinada a promover a pesquisa científica em tecnologias de hidrogênio e células a combustível e que está a serviço de toda a comunidade científica, tecnológica e industrial.

Finalmente, o canal de televisão sueco SVT e a agência de notícias Bloomberg fizeram extensas reportagens audiovisuais sobre a instalação, incluindo entrevistas com os engenheiros responsáveis pela sua construção.

O hidrogênio verde produzido pela Iberdrola vai descarbonizar a fábrica de fertilizantes do Grupo Fertiberia em Puertollano, onde poderá produzir fertilizantes sem emissões. Com um investimento total de 150 milhões de euros, a instalação evitará a emissão de até 48.000 toneladas de CO2 por ano.

Esta instalação é parte de um projeto maior para colocar a Espanha na vanguarda do hidrogênio e do amoníaco verde na Europa e torná-la uma referência tecnológica na produção e utilização deste recurso, especialmente no campo da eletrólise. Para alcançar esse objetivo, ambas as empresas estão liderando uma iniciativa que contempla globalmente o desenvolvimento de 830 MW de eletrólise para a produção de amônia verde com um investimento de 1.800 milhões de euros até 2027. 

A Iberdrola já iniciou vários projetos que permitirão a descarbonização da indústria e do transporte pesado, assim como a implantação de sua cadeia de valor. O grupo possui atualmente uma carteira de projetos de hidrogênio verde que exigirá investimentos de 9 bilhões de euros até 2030, com o objetivo de desenvolver 400.000 toneladas/ano de hidrogênio verde.