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Em uma entrevista para o jornal El Economista, o presidente do grupo Iberdrola, Ignacio Galán, afirmou que o objetivo do Green Deal da União Europeia de alcançar “emissões líquidas de carbono zero” em 2050, um dos compromissos da Iberdrola, irá significar quantiosos investimentos. Para tal, comentou que “o mais importante é garantir que todos os agentes envolvidos se mobilizem em termos dos investimentos previstos”.

Atingir a neutralidade climática é possível se cada um fizer a sua parte e avançarmos na mesma direção

Uma forma de reforçar este compromisso seria taxar mais aqueles que mais contaminem. “Atualmente, a poluição é paga por todos”, ressaltou. “O que seria justo é que pagassem aqueles que contaminassem. Deveriam ser obrigados a fazer isso”.

Em termos de valor de mercado, Galán confirmou que o grupo reforçará seu ritmo de crescimento tanto na área de redes como em energias renováveis e armazenamento para seguir entre as cinco maiores empresas mundiais e cumprindo os objetivos de descarbonização da União Europeia.

Neste sentido, não descarta novas aquisições. “É nosso dever estar muito atentos para as oportunidades que possam surgir em outros mercados”, afirmou, e dá como exemplo os primeiros projetos eólicos e solares do grupo na Austrália, onde já possui uma carteira de projetos de 600 MW.

Por último, considera positivamente a criação de uma vice-presidência de Transição Ecológica na Espanha, “um movimento muito similar àquele que vimos na União Europeia com a criação da vice-presidência para o Green Deal”. “Concretizar a Agenda 2030 não é um assunto que deva ser tratado sobre a base de partidos políticos. É um trabalho de todos”, concluiu.