Central Cortes - La Muela II

Cortes - La Muela: o maior complexo hidrelétrico da Europa está localizado na Espanha

Energia hidrelétrica Armazenamento energético Instalações operacionais

O complexo hidrelétrico Cortes-La Muela, localizado no município de Cortes de Pallás (Valência), na bacia do rio Júcar, conta com uma capacidade de turbina de 1.762 MW e com 1.293 MW de bombeamento. Com um investimento total de mais de 1,2 bilhão de euros, La Muela se tornou a maior usina hidrelétrica de bombeamento da Europa.

Cortes-La Muela
Instalaçao operacional

Complexo hidroeléctrico Cortes-La Muela

Ubicación
Localização Cortes de Pallás (Espanha)
Potencia total instalada
Potência total instalada +1.800 MW
Inversión
Investimento 1,2 bilhão de euros
Puesta en marcha
Inicio de operação 1988 e 2014

O complexo Cortes-La Muela, localizado em um impressionante cânion de águas azuis profundas do rio Júcar, iniciou a construção de sua primeira fase em 1983. Nessa época, foi instalada a barragem de Cortes, com uma altura de 116 metros e de tipo arco-gravidade, com uma potência instalada de 290 MW, e La Muela I, que tem 634 MW de potência em turbina e 549 MW em bombeamento. O reservatório superior ocupa mais de um milhão de metros quadrados e tem uma reserva de energia de 24GWh, capaz de abastecer o consumo doméstico diário de 6,75 milhões de pessoas.  

Em 2015, o complexo foi ampliado com a construção da usina hidrelétrica La Muela II. Com uma capacidade instalada de 880 MW em turbina e 744 MW em bombeamento, esta nova instalação fez deste complexo o de maior potência instalada da Europa com mais de 1.800 MW em turbina e 1.293 MW em bombeamento. 

Por outro lado, enquanto a central Cortes II foi criada a partir de um eixo cilíndrico artificial, as centrais La Muela I e La Muela II estão localizadas debaixo da terra em uma caverna, e para sua construção foram escavados 635.000 m3 e 270.000 m3, respectivamente.

Nestas duas usinas hidrelétricas, o reservatório inferior é ligado ao reservatório superior por meio de dois ductos que fazem a ponte entre um desnível de 500 metros: um deles de 4,80 metros de diâmetro e 950 metros de comprimento, no caso de La Muela. e os outros de 5,45 metros de diâmetro e 850 metros de comprimento, em La Muela II. 

Estas estações de bombeamento são os únicos sistemas de armazenamento de eletricidade em massa e permitem gerenciar de forma eficiente a cobertura nos horários de pico. Em momentos em que há excesso de energia no sistema - a partir de tecnologia tradicional ou renovável não administrável - em vez de desligar as instalações da rede, é possível utilizar esse excesso de energia para bombear água e armazená-la em um reservatório ou tanque superior.

No caso particular da usina elétrica Cortes-La Muela, com o que ela produz em um ano, e capaz de suprir a demanda de eletricidade anual de quase 400.000 casas, evitando a emissão anual de mais de dois milhões de toneladas de CO2.

 Complexo hidrelétrico de Cortes-La Muela (Valência).

 

Complexo hidrelétrico de Cortes-La Muela (Valência). Locución del vídeo (versão em espanhol) [PDF]

O expansão do complexo 

A expansão de La Muela II, que entrou em funcionamento em 2015, tem três elementos principais: uma canalização com entrada no reservatório superior, uma central subterrânea para armazenar o equipamento e uma área de sucção no reservatório inferior. Para construí-la, foi inicialmente escavado um túnel de 400 metros, do qual foram abertas três galerias para formar a abóbada. 

Debaixo dela, foi perfurada uma cavidade de 115 m de comprimento, 50 m de altura e 20 m de largura que, devido ao seu tamanho, seria capaz de abrigar a própria Catedral de Valência. Ao mesmo tempo, foram criadas a caverna de transformadores e o resto das galerias. As máquinas foram alojadas na caverna principal, para logo depois equipar os túneis e montar as estruturas principais. 

Para instalar o ducto, foi cavado um poço de 800 metros de comprimento e 6 metros de diâmetro com uma inclinação de 45º. Dentro dele, foi instalado um tubo de aço de 5,45 m de diâmetro, introduzido a partir do tanque superior.

Partes de uma usina hidrelétrica de bombeamento

Ilustração
  1. Transformadores
  2. Rede elétrica
  3. Chaminé de equilíbrio
  4. Barragem superior
  5. Represa
  6. Galeria de adução
  7. Tubulação forçada
  8. Gerador
  9. Turbinas
  10. Escoamentos
  11. Barragem inferior ou rio

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