Entrevista com Rosa Kariger
Rosa Kariger: "Precisamos rever e melhorar os protocolos de segurança com novas práticas e estratégias para lidar com a nova ameaça digital"
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Fevereiro de 2019. Tempo de leitura: 3 minutos
Rosa Kariger é a diretora global de cibersegurança do grupo Iberdrola, responsável pela governança, inteligência e supervisão global de cibersegurança nos ambientes de TI e OT de todos os países onde a empresa opera — Europa, Reino Unido, Estados Unidos, México e Brasil. Engenheira Industrial pela UPM, participou dos programas de desenvolvimento executivo (PDD) do IESE e de liderança global do IMD, além de copresidir o grupo de trabalho sobre ciber-resiliência no setor elétrico do Fórum Econômico Mundial.
Entrevista com Rosa Kariger, diretora global de cibersegurança do grupo Iberdrola. Transcrição do vídeo (versão em espanhol) [PDF] Link externo, abra em uma nova aba. Enlace externo, se abre en ventana nueva.
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Falamos con Rosa Kariger
Rosa Kariger, diretora global de cibersegurança do grupo Iberdrola: "Durante a última década, o setor elétrico investiu em novas tecnologias visando melhorar a eficiência e a qualidade do serviço. Mas, à medida que a automatização e a informatização foram avançando, aumentou a preocupação dos conselhos de administração, da alta direção e dos responsáveis políticos pela resiliência do sistema energético".
"Nosso setor tem uma vasta experiência na proteção das infraestruturas críticas diante de fenômenos naturais e atos violentos. Mas a ameaça informática é relativamente nova, o que obriga a rever e melhorar os protocolos com novas práticas e estratégias para lidar com as novas ameaças digitais, algo que não podemos fazer por nossa conta, nem sequer em nossas próprias empresas, dado que as novas tecnologias também estão gerando uma maior interconexão entre os diferentes agentes do ecossistema elétrico. Agora, mais do que nunca, precisamos juntar nossos esforços".
"Com esse objetivo, o Fórum Econômico Mundial criou uma plataforma única que reunia importantes especialistas do setor para refletir sobre esses desafios. O resultado foi um guia sobre a ciber-resiliência no setor elétrico com sete princípios específicos para o setor, apresentado na Reunião Anual de 2019, realizada em Davos. Esse guia é fundamental para aumentar a sensibilização e a promoção de uma abordagem conjunta por parte dos conselhos de administração e da alta direção diante da ciber-resiliência no cada vez mais complexo ecossistema elétrico. A Iberdrola, uma das maiores empresas e líder em energia limpa, teve a honra de copresidir essa importante iniciativa".
"Recomendo que todas as empresas do setor elétrico, tanto grandes quanto pequenas, consultem esse guia. Está disponível no site do Fórum Econômico Mundial".
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Ciber-resiliência no setor elétrico
Em 23 de janeiro de 2019, durante a sessão Electricity Industry Policy realizada na reunião anual do Fórum Econômico Mundial (Davos 2019), foi apresentado o relatório sobre Cyber Resilience in the Electricity Ecosystem: Principles and Guidance for Boards Link externo, abra em uma nova aba.. Esse relatório, desenvolvido em conjunto com o setor de eletricidade do Fórum e do Boston Consulting Group, pretende atender às necessidades específicas das empresas que operam no ecossistema elétrico. O grupo de trabalho que elaborou este guia foi copresidido por Rosa Kariger, diretora global de cibersegurança do grupo Iberdrola.
O grupo de trabalho sobre ciber-resiliência no setor elétrico foi constituído em maio de 2018 e esteve composto por mais de 25 profissionais de cibersegurança de diversas empresas do — ou relacionadas ao — setor elétrico. Esse grupo, copresidido por Kariger em nome da Iberdrola e pela ABB (Pierre-Alain Graf), foi coordenado por Louise Anderson e Kristen Panerali (Fórum Econômico Mundial) e tinha os seguintes objetivos:
1. Desenvolver o guia de ciber-resiliência para que os conselhos de administração das empresas do setor elétrico compreendam os riscos da cibersegurança e como abordá-los.
2. Promover o intercâmbio de visões com reguladores e agentes governamentais sobre a cibersegurança de diferentes países e regiões do mundo em relação aos modelos e marcos regulatórios de cibersegurança existentes (União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos, Austrália etc.).
3. Explorar possibilidades de intercâmbio de informações entre empresas do setor elétrico e operadores de infraestruturas críticas.
4. Definir métricas que permitam ter visibilidade sobre o estado e evolução da cibersegurança das empresas do setor.