Exposição 'Olafur Eliasson. Na vida real' no Museu Guggenheim
Eliasson encheu o Museu Guggenheim de cores e sensações
O artista dinamarquês-islandês Olafur Eliasson desembarcou no Guggenheim, em colaboração com a Iberdrola, com uma proposta multimídia na qual incentivou o espectador a refletir sobre sua compreensão e percepção do mundo físico que nos rodeia.
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


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Olafur Eliasson. 'Na vida real' exibiu trinta obras, algumas das mais importantes já expostas e outras novas criadas para esta ocasião. A mostra chamou nossa atenção para algumas das questões mais transcendentais da atualidade através de peças realizadas entre 1990 e 2020 — esculturas, fotografias, pinturas e instalações que jogam com reflexos e cores — e que questionam a forma como percebemos o meio em que estamos inseridos e como nos desenvolvemos no mesmo.
Usando materiais como musgo, água, gelo proveniente de geleiras, névoa, luz ou metais refletores, Eliasson deixou claro seu profundo compromisso com a sociedade e o meio ambiente em uma exposição que pôde ser visitada entre os dias 14 de fevereiro de 2020 e 11 de abril de 2021.
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UM ARTISTA COM CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
A arte de Eliasson emana de seu interesse pela percepção, pelo movimento, pela experiência física e pelas sensações. Deixa entrever sua preocupação pela natureza, inspirando-se nos momentos que passou na Islândia, país de origem de seus pais e onde morou. Seu ateliê de Berlim, o Studio Olafur Eliasson, é um espaço de trabalho, mas também de encontro e diálogo, que reúne uma equipe variada de experientes artesãos, arquitetos, arquivistas, pesquisadores, administradores, cozinheiros, programadores, historiadores da arte e técnicos especializados.
Em 1999, o artista, ciente das mudanças climáticas, retratou 30 geleiras islandesas em uma série de fotografias que repetiu vinte anos mais tarde, ilustrando o impacto das mudanças climáticas sobre as mesmas.
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No exterior do museu, uma cascata de mais de onze metros de altura, feita com um andaime e várias bombas, chama a atenção do espectador sobre essa natureza construída em um cenário urbano. A cascata derrama suas águas no depósito situado atrás, reproduzindo os mesmos sons e o aspecto de uma cascata em plena natureza.