II Conferência dos Oceanos da ONU
Plástico invés de água: uma obra de arte que simboliza a emerge a emergência oceânica
Uma escultura de uma torneira aberta que expulsa lixo – composto inteiramente de plástico – em vez de água foi o símbolo da II Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC), realizada este ano em Lisboa.
A obra intitulada "Giant Plastic Tap" (“Torneira plástica gigante” em português) foi criada pelo artista ambiental canadense Benjamin Von Wong em colaboração com a Iberdrola e Cultura Inquieta. O estilo hiper-realista do artista conseguiu chamar a atenção de todos aqueles que se depararam com sua obra, já que foi colocada a poucos metros da Altice Arena, a sede oficial da UNOC, e procurava abordar o tema da conferência.
Foram necessários cerca de 250 quilos de plásticos descartados e quatro dias para montar a escultura, que visa conscientizar sobre a importância de cuidar dos oceanos, já que a comunidade científica afirma que, num futuro não muito distante, espera-se que os oceanos acumulem mais plásticos do que peixes. Estima-se que mais de 1,5 bilhão de toneladas desse material está atualmente espalhado por nossos mares, um número alarmante se levarmos em conta que o oceano suporta 80% da vida do planeta, gera metade do oxigênio na atmosfera e absorve um quarto das emissões de CO2 produzidas pela atividade humana.
Esta nova edição da Conferência dos Oceanos chega em um momento fundamental devido a sua proximidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser atingidos até 2030 e com os quais a Iberdrola também está comprometida, incluindo o número 14: Conservar e utilizar os oceanos de forma responsável.